Cultura

Publicado: Quinta-feira, 22 de março de 2012

No Mês da Mulher, Itu.com.br destaca a essência feminina

Patrícia Daunt é o destaque da vez!

Crédito: Arquivo pessoal No Mês da Mulher, Itu.com.br destaca a essência feminina
Patrícia Daunt é uma das fundadoras da ASPA

Em comemoração ao Dia Internacional da Mulher, o Itu.com.br preparou uma série de entrevistas para o mês de março. Essa semana o destaque é Patrícia Daunt, uma das fundadoras da Associação de Socorro e Proteção aos Animais de Itu (ASPA), que fala sobre os desafios da profissão e a dedicação aos animais.

Itu.com.br - O que os animais representam em sua vida?
Patrícia Daunt - Os animais representam minha vida. Aprendemos muito com eles sobre o amor incondicional.

Itu.com.br - Quando teve início sua paixão pelos bichos? Você teve alguma influência de amigos ou familiares?
P. D. - Desde muito cedo tenho contato com os animais. Primeiro os cães, sempre muitos na casa onde morávamos em São Paulo. Depois a paixão pelos cavalos, anos montando na hípica Paulista até vir morar em Itu. A paixão só aumentou! Com mais espaço, mais cães. Trabalhei com os cavalos por vários anos, era uma convivência diária, os animais nos ensinam muito, o amor, o respeito a tolerância.

Itu.com.br - Como foi fundar, junto com sua mãe, uma Associação de Proteção aos Animais? Como surgiu a ideia e qual a missão da ASPA?
P. D. - A ideia de fundar uma associação surgiu em meio a situações de abandono que presenciamos: uma caixa com 5 filhotes abandonados na beira da estrada, depois mais alguns que foram abandonados perto do abrigo e por ai começou a história. A ideia inicial era de ter no máximo 80 cães, devido ao espaço e ao trabalho que requer todos os dias. A conscientização, a posse responsável e a punição de quem comete maus tratos nos motivaram também. A ASPA-ITU tem a missão de dar uma qualidade de vida aos nossos assistidos, mostrar à população o porquê esses cães vão parar nas ruas e como podemos ajudar.

Itu.com.br - Como é ser mulher, mãe e protetora dos animais?
P. D. - Ser mulher, mãe e protetora definitivamente não é uma tarefa fácil. As pessoas tem que lembrar que além de sermos protetoras dos animais, temos uma família, problemas, compromissos como todo mundo e estamos dispostas a trabalhar também com os animais pelo amor que nos dedicam e pelo tanto que aprendemos com eles.

Itu.com.br - Resumidamente, conte-nos alguma situação que envolva os animais e que tenha marcado sua vida.
P. D. - Desde o início da associação, várias situações marcaram essa trajetória, duas delas vou relatar: um telefonema e então cheguei a casa aonde me fora indicado, a qual havia colocado para fora 3 cães. Os dois maiores já haviam ido embora, mas o mais novo, um pincher caramelo se recusou a ir e ficou pela rua. Os vizinhos levavam água e comida. A mulher não satisfeita, o prendeu na garagem para que morresse de fome e sede. Depois de 10 dias eu o encontrei. Não parava mais em pé, e a dona dizia que não era dela! Consegui retirá-lo da casa depois de 15 dias com falência renal e muito desnutrido, com uma taxa de apenas 10% de chance de sobreviver. Hoje, o Tedinho, como é carinhosamente chamado, vive feliz com seus amigos no abrigo Esperança. Outro caso foi de um cão que estava em um piscina desativada por 3 dias, chorando e uivando, pedindo socorro! Ninguém tomou providências para retirá-lo de lá. Precisei ir até o local, pular na piscina e retirar o cão que muito desidratado e fraco lutava para sobreviver. Passou o dia sendo hidratado pela Dr. Andréia do Centro Veterinário Ariza e hoje, com o nome de Gato, também vive feliz no abrigo.

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Fique conectado! Na semana que vem a atleta Marinalva de Almeida,  que carrega o nome de Itu por onde passa, fala sobre sua vida e os esportes.

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