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Sexta-feira, 26 de julho de 2013

Guaratiba: o lugar que foi sem ser

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A região de Guaratiba é de mangue e ficou sem condições de receber os jovens peregrinos.

SALATHIEL DE SOUZA, DO RIO DE JANEIRO

 

A decisão de transferir os eventos da JMJ de Guaratiba para Copacabana foi a mais acertada. Com o volume de chuvas constatado nos últimos três dias no Rio de Janeiro, seria uma irresponsabilidade colocar 1,5 milhão de jovens em terreno pantanoso, longe de tudo e dando margem a uma série de problemas.

A região de Guaratiba é de mangue. Para construir a Campus Fidei foi necessário aterrar o local. As águas de julho acabaram com todo esse trabalho prévio. Na quinta-feira o local amanheceu tomado por lama. Sinceramente, eu já esperava por essa transferência do local das atividades.

No começo os peregrinos desanimaram. Haviam se preparado para caminhar os 13 km cantando, rezando e testemunhando a fé. Com esse imprevisto, viram-se impedidos. A situação foi resolvida quando resolveram fazer a caminhada peregrina entre a Central do Brasil e Copacabana, num trecho de aproximadamente 10 km.

 

Prejuízos

Muitos comerciantes estão alegando prejuízos. Ouvi o caso de um que chegou a vender o automóvel para investir em produtos oficiais da JMJ, alimentos e bebidas, para comercializar nas proximidades da Campus Fidei. Com a inutilização do local, foi tudo por água abaixo.

No centro do Rio de Janeiro, também ouvi relatos de pessoas preocupadas. Um casal de noivos, cujo a festa será no Copacabana Palace, não sabe como fazer para que os convidados cheguem ao local. Isso porque, a partir de hoje, a região já não teria mais nenhuma atividade da JMJ programada. Como sabemos, tudo mudou e esta torna-se apenas uma das situações que pedirão alguma providência.

 

Jornada vai bem

Menos mal é que, apesar do imprevisto climático (nunca choveu tanto assim no Rio de Janeiro nesta época do ano), a maioria das coisas relacionadas à JMJ vem funcionando. Os peregrinos usam seus cartões de débito para fazer as refeições. Enfrentam longas filas, mas isso faz parte e não há como solucionar. Além do mais, sabemos que enfrentar filas é o segundo esporte nacional do brasileiro, depois do futebol.

Menos mal também é que, em todos os eventos com a participação do Papa Francisco, não foi registrado qualquer incidente grave. As orações do povo brasileiro estão funcionando para que tudo transcorra bem. Tirando um desmaio aqui e ali, ninguém foi pisoteado, não se registram casos de roubo ou violência entre os jovens e nenhum maluco tentou algo contra o Santo Padre.

É verdade: Deus está mais presente no Rio de Janeiro nestes dias de JMJ.