Economia & Negócios

Publicado: Terça-feira, 31 de maio de 2016

Vendas no varejo da região de Sorocaba caem 7,3% no 1º trimestre

Informações são de levantamento da Associação Comercial de SP

O volume de vendas do varejo das regiões de Sorocaba e do Vale do Paranapanema caiu 7,3% no primeiro trimestre de 2016 em relação ao mesmo período do ano passado. Já o faturamento aumentou 1,6% na mesma base de comparação. É o que aponta o Boletim nº 23 do ACVarejo, levantamento mensal da Associação Comercial de São Paulo (ACSP), elaborado a partir de informações fornecidas pela Secretaria da Fazenda do Estado.

Ao se analisar apenas o mês de março, as vendas na região recuaram 9,3% e o faturamento manteve-se inalterado, em relação a março do ano passado.

Os dados se referem ao varejo ampliado, que inclui automóveis e materiais de construção. Compreendem os seguintes municípios: Alambari, Alumínio, Angatuba, Apiaí, Araçariguama, Araçoiaba da Serra, Barão de Antonina, Barra do Chapéu, Boituva, Bom Sucesso de Itararé, Burí, Cabreúva, Campina do Monte Alegre, Capão Bonito, Capela do Alto, Cerquilho, Cesário Lange, Conchas, Coronel Macedo, Guapiara, Guareí, Ibiúna, Iperó, Iporanga, Itaberá, Itaóca, Itapetininga, Itapeva, Itapirapuã Paulista, Itaporanga, Itararé, Itú, Jumirim, Laranjal Paulista, Mairinque, Nova Campina, Pereiras, Piedade, Pilar do Sul, Porangaba, Porto Feliz, Quadra, Ribeira, Ribeirão Branco, Ribeirão Grande, Riversul, Salto, Salto de Pirapora, São Miguel Arcanjo, São Roque, Sarapuí, Sorocaba, Tapiraí, Taquarivaí, Tatuí, Tietê, Torre de Pedra e Votorantim.

Para efeito de comparação, no primeiro trimestre o varejo ampliado do Estado de São Paulo registrou diminuições de 9,3% e de 0,6% nas vendas e no faturamento, respectivamente. Em março, as diminuições foram de 13,5% nas vendas e de 4,2% no faturamento, na comparação anual.

Alencar Burti, presidente da ACSP e da Federação das Associações Comerciais do Estado de São Paulo (Facesp), comenta o cenário. "A crise do varejo se estende pelo País e decorre da diminuição da renda, do avanço do desemprego e da contração do crédito, deixando o consumidor mais inseguro e pessimista, sem disposição para comprar. E o Estado de São Paulo sente mais porque é mais afetado pelas reduções da atividade econômica e do emprego advindas do setor industrial", frisa.

"O foco é a confiança: precisamos recuperá-la de qualquer maneira. Há uma perspectiva positiva em relação à nova equipe econômica. Acreditamos que, até o final do ano, de forma gradual, o comércio pare de cair e comece a sinalizar uma recuperação, que só deverá vir, de fato, no ano que vem", opina o presidente da ACSP.

Regiões e setores

O ACVarejo revela que todas as regiões do Estado apresentaram resultados negativos nas vendas no primeiro trimestre frente ao mesmo período de 2015. As quedas mais acentuadas ocorreram nas seguintes regiões: Metropolitana Oeste (-15,5%), Campinas (-10,5%) e Litoral (-10%). Já os menores recuos foram registrados no Vale do Paraíba (-3,3%) e na região de Araçatuba (-3,7%).

Todos os setores do varejo paulista também ficaram no vermelho no primeiro trimestre, com destaques para concessionárias de veículos (-19,7%) e lojas de departamento/ eletrodomésticos/eletroeletrônicos (-19,4%). Vinculados à demanda de produtos mais essenciais, os segmentos de farmácias/perfumarias (-2,3%) e supermercados (-2,8%) apresentaram as menores contrações.

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