Bem estar

Publicado: Terça-feira, 17 de maio de 2011

Dia Nacional do Medicamento Genérico - suas vantagens e cuidados

Os produtos estão no mercado desde 2000.

O Dia Nacional do Medicamento Genérico é comemorado em 20 de maio. Os genéricos estão no mercado brasileiro desde 2000 e possuem o mesmo princípio ativo, a mesma forma farmacêutica, concentração e via de administração que os medicamentos de referência e, portanto, fazem o mesmo efeito, com a vantagem de serem, em média, 40% mais baratos, pois os fabricantes não precisam investir em pesquisas ou propaganda.

A fabricação de genéricos foi iniciada com a lei nº 9.787, de 1999, para incentivar a concorrência e a consequente redução de preços, ampliando o acesso da população aos tratamentos de saúde. O primeiro genérico lançado no Brasil foi o Alendronato sódico, em março de 2003, para combater a osteoporose.

Em junho de 2010, foi liberada a produção dos medicamentos genéricos para a disfunção erétil e, como consequência, todos os medicamentos da categoria passaram a ter preços mais baixos. Em apenas um mês, houve acréscimo de 47,5% na venda desses produtos. “O Viagra, produzido pela Pfizer, foi o primeiro medicamento indicado para o tratamento da disfunção erétil a chegar ao mercado. Hoje existem outras marcas e, com a chegada dos genéricos, ainda mais opções”, explica o médico Érico de Rolvare, do Centro Médico Masculino de Campinas. Para ele, a oferta de genéricos é realmente uma vantagem importante para quem necessita dos medicamentos, mas é preciso cuidado para o uso indiscriminado e desnecessário.

“Como todo medicamento, os remédios para casos de disfunção erétil, só podem ser usados mediante prescrição médica. Infelizmente, vemos muitos homens recorrendo às pílulas na tentativa de forçar um desempenho sexual acima do normal. O perigo é que o uso indiscriminado pode trazer sérios danos à saúde”, alerta o médico.

De acordo com Érico, dentre os perigos está até mesmo a dependência psicológica. “Há vários casos em que o homem utiliza os medicamentos sem necessidade para se sentir como um ‘super homem’. Com o tempo, ele vai apelando a níveis cada vez mais altos do remédio para atingir o resultado esperado. Sem o medicamento, ele acha que não será capaz de agradar a parceria e essa preocupação realmente acaba atrapalhando seu desempenho”.

Érico de Rolvare defende o acompanhamento constante do médico para todos os casos de problemas sexuais. “No caso da disfunção, por exemplo, o medicamento ajuda os homens a alcançarem a ereção para a relação sexual, ao provocarem um aumento do fluxo sanguíneo na região peniana, mas não eliminam as causas do problema, por isso o acompanhamento médico é fundamental”.

De acordo com o médico, entre as causas da disfunção erétil, popularmente chamada de impotência, podem estar fatores como diminuição hormonal, fatores psicológicos e problemas circulatórios.

Comentários