Pedro de P. L. Aguiar
Pedro de P. L. Aguiar

Entendendo o mundo fitness

Graduado em Educação Física pelo Ceunsp; Pós-graduado em bioquímica, fisiologia, treinamento, nutrição desportiva pela Unicamp; e Pós-graduado em fisiologia do exercício com ênfase em envelhecimento, saúde e doenças na USP.

A importância do sono restaurador para a vida

Publicado: Sábado, 16 de julho de 2016
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 Parte 2

 A tendência de todos nós seres humanos é analisarmos ao longo da vida o que perdemos e o quanto essa perda reflete diretamente em nossas vidas, especialmente quando se trata de saúde física e psíquica induzida por alguma resposta fisiológica decorrente do processo de envelhecimento. Com o passar dos anos, é comum as pessoas relatarem a perda da capacidade de dormir, seja por questões clínicas ou por causas comportamentais, sendo que pelo menos 30 % da população que se queixa de insônia ou sonolência durante o dia possui apneia do sono, e 80% desses indivíduos possuem, um quadro já instalado de obesidade.

     Segundo os estudos mais atuais dessa temática, os principais fatores contundentes que comprometem o sono restaurador é em decorrência ao avanço da idade, que favorece o aumento do peso corporal, redução da liberação do hormônio melatonina indutor do sono, e a flacidez da musculatura da garganta. É considerado normal e reparador o sono que gravita em torno de 6 a 8 horas, sem interrupção, onde a pessoa só pensa novamente no sono na hora de voltar a dormir, ou seja, na hora que for novamente para a cama, sem expressar nenhum sintoma de sonolência durante o dia.

     As queixas de insônia e má qualidade do sono vem crescendo vertiginosamente nos últimos tempos, sendo uma preocupação de ordem para a área da saúde médica e governamental, uma vez que além de comprometer a saúde do paciente, gera um alto custo ao governo por estimular o surgimentos de inúmeras outras doenças, podendo levar até ao óbito. Existem algumas condutas de tratamentos adequadas e atitudes coerentes que devem ser tomadas a fim de evitar as problemáticas causadas pela insônia que serão citadas abaixo para auxiliar você no momento sagrado, que é a hora de dormir.         

       O fato é que nascemos com a plena capacidade de dormir, tanto é que o bebê por necessidade fisiológica de crescimento e desenvolvimento, se mantém mais dormindo do que acordado nos primeiros dias de vida, então quais condutas podemos adotar para manter a qualidade do sono?  Buscando subsídios em suportes científicos publicados em trabalhos com essa vertente, e de grande valia e impacto as orientações adequadas para dormir melhor são: exercite-se preferencialmente pela manhã e a tarde e pelos menos 3 horas por semana; alimente-se de maneira fracionada e a noite busque refeições mais leves; evite o uso de bebidas alcoólicas e café e chás que possuem cafeína no período noturno; emagreça se estiver com sobrepeso ou obeso, introduza na sua rotina de vida atividades de relaxamento, preferencialmente no final de tarde (massagem terapêutica, sauna, yoga, meditação, e uma ótima opção é tomar um banho relaxante antes de dormir, e leituras descompromissadas que não requerem grandes atenções).

       Outras atitudes que devem ser evitadas são: o uso de computador e smartphones à noite, assistir televisão no quarto, não ter um ritual de higiene do sono como anotar os compromissos do próximo dia, um ambiente adequado com pouca iluminação, climatização adequada e um bom colchão e travesseiro. Busque analisar seu comportamento ao longo do dia e adotar os hábitos citados acima, para melhorar sua qualidade do sono e caso persista a dificuldade de dormir, o mais indicado é procurar um auxilio médico para avaliação do seu sono clinicamente e um psicólogo para avaliar as emoções e o comportamento. Bons sonhos!

 

 

Prof.Esp. Pedro de Paula Leite Aguiar

CREF: 064002 -G/SP

Pós-graduado em bioquímica, fisiologia, treinamento, nutrição desportiva (UNICAMP) – Campinas - 2010

Cursando especialização em fisiologia do exercício com ênfase em envelhecimento, saúde e doenças, (USP) – São Paulo - 2016

Email: [email protected]      

 

Fontes científicas consultadas:

(1) Eur Heart J. 2011 Jun;32. (2)Sleep. 2013 Jul 1 pag 981 -990. (3) Obesity (Silver Spring) 2008 Mar; 16. (4) JAMA intern Med. 2015, 175/jamainternmed.2014.7663.


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