Thiago Flores
Thiago Flores

Economia & Finanças

Thiago Flores é Administrador - EAESP-FGV, Mestre em Economia de Negócios - EESP - FGV, Mestre em Finanças - IBMEC/INSPER - SP, Consultor de empresas e CFO à FF Consult ®.

Pesquisa de Sondagem da Construção

Publicado: Terça-feira, 13 de dezembro de 2011
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Em parceria com o Banco Central do Brasil, a Fundação Getulio Vargas lança este mês a Sondagem da Construção, com o objetivo de mapear mensalmente o nível de atividade e as expectativas empresariais do setor.

A pesquisa tem cobertura nacional e abrange seis grupos e 11 classes setoriais (ver nota metodológica ao final deste relatório). As séries históricas têm início em julho de 2010. Devido à volatilidade dos indicadores e ao número de observações até aqui disponíveis, os primeiros resultados serão analisados com foco na evolução dos indicadores expressos em médias móveis trimestrais, comparados aos do mesmo período do  ano anterior.

Nesta base de comparação, o Índice de Confiança da Construção (ICST), indicador-síntese da pesquisa, vem sinalizando desaceleração do nível de atividade do setor, embora a tendência tenha praticamente se estabilizado entre outubro e novembro: o  ICST médio do trimestre findo em novembro situou-se 10,2% abaixo do mesmo período do ano passado, contra -10,4% do trimestre findo em outubro.

As  comparações  interanuais do Indicador Trimestral de Confiança entre outubro e novembro mostram que as principais quedas foram observadas em Construção de Edifícios e Obras Civis (11,8%) e Aluguel de Equipamentos de Construção e Demolição (10,4%). Os grupos Obras de Infraestruturas para Engenharia Elétrica e para Telecomunicações e Obras de Acabamento tiveram melhores resultados: -2,0% e -0,7%, respectivamente.

O indicador trimestral do Índice da Situação Atual (ISA-CST)  recuou 13,5% em novembro frente  ao mesmo período de 2010; em outubro, na mesma base de comparação, a queda havia sido  de  14,0%. O ISA-CST sintetiza o resultado de dois quesitos que medem a atividade corrente do setor. O item que mais contribuiu para a queda do índice em novembro foi a situação atual dos negócios: a proporção de empresas que apontam aumento do nível das atividades no trimestre anterior ao da pesquisa caiu de 50,2% em novembro de 2010 para 33,4% no mesmo período deste ano; já a proporção das que indicam diminuição cresceu de 5,8% para 9,7%, respectivamente.

O Índice de Expectativas (IE-CST) - composto por dois quesitos  que medem as expectativas do setor para os próximos meses – também está em queda em relação ao ano passado. O indicador médio do trimestre findo em novembro registrou o mesmo ritmo de  queda observado no trimestre findo em outubro: 6,9%. O quesito tendência dos negócios para os seis meses seguintes foi o que mais contribuiu para a queda do IE-CST. A proporção de empresas que preveem aumento dos negócios passou de 51,8% no trimestre findo em novembro de 2010 para 42,3% este ano. No mesmo período, a parcela das que preveem diminuição passou de 2,3% para 5,4% do total.

Tags: empresas, economia, finanças, capital, financiamento, giro, aporte, pesquisa de sondagem da construção, antecipação


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