Bem estar

Publicado: Sexta-feira, 27 de março de 2009

Conheça a Dança Circular Sagrada

Não fique fora desta roda!

Por Deborah Dubner
 
De Mãos Dadas, experenciamos Alegria.
De Mãos Dadas, experenciamos a Unidade.
De Mãos Dadas, experenciamos a Cooperação. (Renata Ramos)

Danças Circulares Sagradas, ou Danças dos Povos. Estes são os nomes que definem um trabalho ímpar, desenvolvido no Brasil desde 1993 e que vem se espalhando com muita força em todos os estados deste grande país.
 
“A dança sempre foi o modo natural do homem se harmonizar como o Cosmos. Trabalhar a dança e a música de outra cultura permite respeitar as diversidades culturais”, explica Renata Ramos, uma das pioneiras desse trabalho no Brasil que, juntamente com Sonia Yamashita e Andrea Leoncini, organiza o “Encontro Brasileiro de Danças Circulares ...Sagradas”, que em 2008 comemorou sua sétima edição.
 
Origem
 
O movimento intitulado Danças Circulares Sagradas nasceu com o coreógrafo alemão/polonês Bernhard Wosien quando, em 1976, visitou a Comunidade de Findhorn, no norte da Escócia e pôde ensinar, pela primeira vez, uma coletânea de Danças Folclóricas para os residentes. De Findhorn até os dias atuais é notável a expansão das Danças Circulares, que no início da década de 90, chegaram ao Brasil e se espalharam formando rodas em parques, escolas, universidades, hospitais, órgãos públicos, ongs, instituições e empresas dos mais variados segmentos. Conheça em detalhes a história da Dança Circular Sagrada no Brasil.
 
Na mesma época em que nasceu a Dança Circular Sagrada na Europa, iniciou-se na América do Norte a Dança da Paz Universal. Irmãs por natureza, a diferença principal entre as duas reside no fato da segunda entoar cantos, sons/vibrações ao mesmo tempo em que se dança no círculo. No entanto, ambas tem como finalidade criar um espaço-tempo sagrado e diferenciado de outros momentos do cotidiano, propiciando o sentimento de Unidade da Vida: “Somos Todos Um”.
 
Propósito

O principal enfoque na Dança Circular Sagrada não é a técnica e sim o sentimento de união de grupo, o espírito comunitário que se instala a partir do momento em que todos, de mãos dadas, apóiam e auxiliam os companheiros. Assim, ela é indicada para pessoas de qualquer idade, raça ou profissão, auxiliando o indivíduo a tomar consciência de seu corpo físico, acalmar seu emocional, trabalhar sua concentração e memória e, principalmente, entrar em contato com uma linguagem simbólica, metafórica e transcendental.
 
“Nas Danças Circulares utilizamos músicas regionais e folclóricas dos diversos povos do Planeta, além de músicas clássicas. Entramos assim em contato com a alma de cada povo através de sua mais livre expressão, a música. Os passos vão desde os mais simples até os mais elaborados. Trabalhamos de mãos dadas na roda e fazemos contato com o que existe de melhor dentro de nós”, conta Renata Ramos.

O sagrado do círculo nasce a partir do momento em que os participantes entram em contato com sua essência, em contato com a parte de seu ser que está intimamente conectada com algo transcendental. No momento desse contato dá-se a união de espírito e matéria e a possibilidade da criação.
 
“As danças propiciam ao indivíduo uma experiência de aprendizado favorecendo a integração, a comunicação, a flexibilidade, a percepção de si mesmo e do outro. O contato com outras culturas e suas expressões na roda da dança gera para o grupo um desafio, que passo a passo é superado e ao findar da música resta o aplauso coletivo em comemoração à conquista de todos”, explica Andrea Leoncini, que promove Danças Circulares em empresas, ongs e instituições, além de coordenar esta atividade no Parque Villa Lobos (saiba onde experimentar a Dança Circular sagrada nos diversos parques de São Paulo).
 
Aplicabilidade
 
A Dança Circular é cooperativa por natureza. Assim, nos tempos atuais, quando as pessoas estão buscando caminhos para harmonizar as diferenças, este tipo de proposta cai como uma luva por sua simplicidade e profundidade. Em roda, de mãos dadas, olhos nos olhos, o resgate das danças folclóricas traz a ancestralidade à flor da pele e conecta cores, raças, tempos e espaços, acessan
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