Vendas para o Dia dos Pais devem crescer 1,25%, diz FCDLESP
Lojistas esperam estabilidade para a data.
Jéssica FerrariUma pesquisa realizada pela Federação das Câmaras de dirigentes Lojistas do Estado de São Paulo (FCDLESP), no mês de julho, aponta que os lojistas esperam um crescimento modesto de 1,25% nas vendas para o Dia dos Pais, sem descontar a inflação do período. Com a queda das compras em datas como Dia das Mães e dos namorados, resultado da crise enfrentada pelo país, os comerciantes têm a expectativa de manter números inferiores a 2014, que foi de 4%.
O momento de tensão econômica, criado por demissões somadas ao aumento de contas básicas, como luz, água e combustíveis, conserva a cautela e o refrear de consumidores em gerar novas dívidas e evitar a inadimplência. Do outro lado, o foco do comércio está em adequar estratégias de marketing e inovação para fidelizar clientes antigos e conquistar novos. A queda nas vendas força o varejo a antecipar as liquidações, que influenciam o faturamento das lojas, mas possibilitam aos consumidores comprar mais e gastar menos.
“A tendência é que o segundo semestre seja mais positivo para o varejo, pois, além do Dia dos Pais, temos ainda Dia das Crianças e o período de festas de fim de ano que sempre movimentam o comércio. De qualquer forma não podemos ignorar toda a adaptação que os pequenos empresários estão sofrendo”, afirma o presidente da FCDLESP, Mauricio Stainoff.
Segundo a entidade, os produtos de menor custo continuam como carro-chefe das vendas. Para os lojistas, vestuários, calçados, acessórios e eletrônicos como smartphones e tablets são os produtos que devem sair das prateleiras na data. O ticket médio de compras deve permanecer entre os R$60,00 e R$100,00 e o lazer e a alimentação também são considerados como possíveis alternativas.
Em relação às vagas temporárias, a pesquisa demonstra que a expectativa surge com ressalvas, pois embora os consumidores não costumem deixar passar a data em branco, a tendência dos varejistas é manter os custos reduzidos. “As oportunidades podem aquecer a partir do início de outubro, quando os estoques são renovados e as vendas para o Natal começam a acontecer”, acredita Stainoff.