Economia & Negócios

Publicado: Sexta-feira, 27 de novembro de 2015

Vendas de Natal devem cair entre 5 e 10% em 2015, diz FCDLESP

Pesquisa foi realizada com os lojistas do estado.

O clima de insegurança político-econômico do Brasil no último semestre, somado ao aumento da inflação e do desemprego, resultará em um final de ano com consumo cauteloso dos clientes e necessidade de reinvenção e estratégia para o varejo. É o que aponta uma pesquisa realizada pela Federação de Dirigentes Lojistas do Estado de São Paulo (FCDLESP), com lojistas do estado a respeito do último trimestre de 2015. De acordo com o levantamento, a média de vendas para a data pode cair entre 5% e 10%.

Segundo os lojistas, o impacto da alta do dólar nos produtos, a falta de crédito e o clima instável no mercado de trabalho são fatores que desestimulam o consumidor a ir às compras. Os setores mais propensos às vendas são vestuário, calçados e acessórios, seguidos por alimentícios e eletrônicos, embora estes últimos, diretamente ligados ao dólar, possam sofrer com procuras por produtos de menor valor.

Na capital paulistana, a recessão é sentida especialmente nos bairros de comércio tradicional. O bairro do Bom Retiro, região central de São Paulo, espera manter o mesmo nível de vendas de 2014 e aposta em novas tecnologias para alcançar mais clientes, fazer novas vendas e divulgar as marcas através do aplicativo Whatsapp. O ticket médio da região pode ser de R$ 200,00, de acordo com informações da Câmara de Dirigentes Lojistas da região.

Interior do estado

No interior do estado, a expectativa é de manter o otimismo diante do quadro não favorável e assim buscar soluções que correspondam às verdadeiras necessidades do setor, já que a previsão de retomada do crescimento é para o segundo semestre de 2016.

Na região de Jaú, as associações comerciais oferecem treinamento para ajudar comerciantes e clientes. “A CDL em parceria com o Sincomercio e outras entidades tem discutido diretamente com o poder executivo medidas para melhorar a situação econômica, assim como proporcionar palestras e cursos para empresários, comerciários e desempregados”, afirma o presidente da CDL Jaú, Alexandre Ivan dos Santos.

Em Araçatuba, a previsão de queda é de 4%, com os setores de brinquedos e vestuário realizando as maiores vendas. Ainda assim, a área de contratações temporárias estará disponível na região. “As grandes lojas do varejo e as lojas de rede certamente aumentarão o seu quadro de funcionários com temporários, devido à demanda do Natal, por ser a melhor data para o comércio, entretanto o número este ano deve ser bem menor se comparado ao mesmo período do ano passado”, finaliza o presidente da CDL Araçatuba, Gener Silva.

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