Economia & Negócios

Publicado: Segunda-feira, 1 de setembro de 2014

Tentativas de fraude contra o consumidor crescem 19,9% em julho

Dados são do indicador da Serasa Experian.

Julho registrou 180.919 tentativas de fraude conhecida como roubo de identidade, em que dados pessoais são usados por criminosos para firmar negócios sob falsidade ideológica ou mesmo obter crédito com a intenção de não honrar os pagamentos, de acordo com o Indicador Serasa Experian de Tentativas de Fraude – Consumidor. Isso representa uma tentativa de fraude a cada 14,8 segundos no país. Em relação a junho de 2014, houve alta de 19,9%. Já na comparação do acumulado do ano (janeiro a julho de 2014 contra o mesmo período de 2013), o indicador registrou queda de 5,5%. Em relação a julho de 2013, houve queda de 15,8%.

A Telefonia respondeu por 64.167 registros, totalizando 35,5% do total de tentativas de fraude realizadas em julho de 2014, queda em relação aos 49,7% registrados pelo setor no mesmo mês de 2013. Já o setor de serviços – que inclui construtoras, imobiliárias, seguradoras e serviços em geral (salões de beleza, pacotes turísticos etc.) – teve 56.752 registros, equivalente a 31,4% do total. No mesmo período no ano passado, este era o setor respondeu por 26,2% das ocorrências.

O setor bancário é o terceiro do ranking de registros em julho de 2014, com 43.348 tentativas, 24,0% do total. No mesmo período de 2013, o setor respondeu por 16,7% dos casos.

O segmento varejo teve 13.445 tentativas de fraude, registrando 7,4% das investidas contra o consumidor em julho de 2014, alta em relação aos 6,1% observados em julho de 2013. O ranking de tentativas de fraude de julho de 2014 é composto ainda por demais segmentos (1,8%).

Principais tentativas de golpe

É comum que as pessoas forneçam seus dados pessoais em cadastros na Internet sem verificar a idoneidade e a segurança dos sites. Além disso, os golpistas ainda costumam comprar telefone para ter um endereço e comprovar residência, por meio de correspondência, e, assim, abrir contas em bancos para pegar talões de cheque, pedir cartões de crédito e fazer empréstimos bancários em nome de outras pessoas.

Entre as principais tentativas de golpe apontadas pelo indicador da Serasa Experian estão:

1. Emissão de cartões de crédito: o golpista solicita um cartão de crédito usando uma identificação falsa ou roubada, deixando a “conta” para a vítima e o prejuízo para o emissor do cartão.

2. Financiamento de eletrônicos (Varejo): o golpista compra um bem eletrônico (TV, aparelho de som, celular etc.) usando uma identificação falsa ou roubada, deixando a conta para a vítima.

3. Compra de celulares com documentos falsos ou roubados.

4. Abertura de conta: golpista abre conta em um banco usando uma identificação falsa ou roubada, deixando a “conta” para a vítima. Neste caso, toda a “cadeia” de produtos oferecidos (cartões, cheques, empréstimos pré-aprovados) potencializa possível prejuízo às vítimas, aos bancos e ao comércio.

5. Compra de automóveis: golpista compra o automóvel usando uma identificação falsa ou roubada, deixando a “conta” para a vítima.

6. Abertura de empresas: dados roubados também podem ser usados na abertura de empresas, que serviriam de ‘fachada’ para a aplicação de golpes no mercado.

A Serasa Experian responde diariamente a 6 milhões de consultas, auxiliando 500 mil empresas de diversos portes e segmentos a tomar a melhor decisão em qualquer etapa de negócio, desde a prospecção até a recuperação.

Precaução

Antes de realizar uma venda a prazo, as empresas devem adotar cuidados simples, como:

1ª – Pedir sempre dois documentos originais (como RG, CPF, Carteira de Habilitação);

2ª – Verificar inconsistências nos documentos apresentados. Por exemplo, se a foto é recente, porém a data de emissão do RG é de quando a pessoa tinha 10 anos de idade ou vice-versa.

3ª – Procurar confirmar se as informações fornecidas pelo cliente são verdadeiras, analisando atenciosamente se o nome apresentado nos documentos é o mesmo que consta no comprovante de residência;

4ª – Solicitar ao cliente o número do telefone residencial e faça a checagem dos dados naquele instante;

5ª – Consultar alguma ferramenta de prevenção a fraudes disponível no mercado;

6ª – Se a suspeita de fraude for grande e o comerciante não se sentir seguro com a venda, é recomendável pedir que uma parte ou todo o pagamento seja feito à vista.

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