Cotidiano

Publicado: Sexta-feira, 16 de junho de 2017

Tradição dos tapetes de Corpus Christi é mantida em Itu

Fiéis se reuniram para confeccionar enfeites.

Crédito: Jéssica Ferrari/Itu.com.br Tradição dos tapetes de Corpus Christi é mantida em Itu
Confecção dos tapetes em frente à Igreja do Carmo

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Milhares de fiéis ajudaram a manter viva em Itu a tradição dos tapetes de Corpus Christi, neste dia 15 de junho. A confecção dos enfeites ocorreu pelas ruas centrais da cidade, que ficaram coloridas com quilômetros de imagens realizadas por integrantes das paróquias locais. Como de costume, a festa atraiu também muitos turistas durante todo o dia. 

O belo trabalho teve início logo pela manhã, reunindo crianças, jovens e adultos. Palha de arroz, serragem colorida, cascas de ovos, borra de café, tampinhas de garrafas entre muitos outros materiais foram utilizados para criar a atração, idealizada há mais de 45 anos por Alcides Scalet. Todas as igrejas de Itu se envolveram e cada comunidade realizou uma parte do enorme enfeite.

Já de tarde, ocorreu a Missa de Corpus Christi celebrada na Igreja Matriz Nossa Senhora Candelária, pelo pároco padre Francisco Carlos Rossi. Em seguida teve início a procissão, passando por cima dos tapetes no seguinte trajeto: Rua Barão do Itaim, Praça da Independência (Carmo), Rua Floriano Peixoto, Praça Padre Anchieta (Bom Jesus), Rua Paula Souza e Praça Padre Miguel (Matriz), onde as festividades foram encerradas com a benção do Santíssimo Sacramento.



A Festa de Corpus Christi

O nome, em latim, significa Corpo de Cristo. Trata-se da celebração solene do mistério da Eucaristia, o sacramento do Corpo e do Sangue de Jesus Cristo, instituída na Santa Ceia, quando Jesus disse a seus apóstolos que o pão e o vinho, ali consagrados, eram seu corpo e seu sangue. A celebração acontece sempre numa quinta-feira, em alusão à Quinta-Feira Santa.

A celebração de Corpus Christi teve origem em 1243, em Liège, na Bélgica, quando a freira Juliana de Cornion teria tido visões de Cristo demonstrando-lhe o desejo de que o mistério da Eucaristia fosse celebrado. Em 1264, o papa Urbano IV, por meio da Bula Papal "Transiturus de hoc mundo", estendeu a festa a toda a Igreja, e pediu a São Tomás de Aquino que preparasse as leituras e textos litúrgicos, até hoje utilizados na celebração.

No Brasil, a festa passou a integrar o calendário oficial em 1961. A tradição de enfeitar as ruas surgiu em Ouro Preto, cidade histórica do interior mineiro.

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