Cotidiano

Publicado: Segunda-feira, 8 de maio de 2017

"Mamãe gestante"

Confira entrevista com Camila Bertolazzi!

Crédito: Arquivo pessoal "Mamãe gestante"
Camila e o marido divulgam o sexo do bebê

Itu.com.br – Você está grávida de quantos meses? Qual a sensação desta fase da sua gravidez?

Camila - 
Eu estou com 25 semanas, que é mais ou menos seis meses. Estou em uma fase muito boa. Os primeiros três, quatro meses foram muito complicados, porque eu vomitava muito, chegava a vomitar cinco, sete vezes por dia. Eu tive muita dor de cabeça. Por uns dois meses eu tinha dor de cabeça 24 horas por dia e não tinha o que passava, porque você não pode tomar remédio. E também nos dois primeiros meses eu estava extremamente cansada, não tinha energia para nada. Eu tinha que tomar banho sentada ou quando saia do banheiro eu nem conseguia me enxugar, eu ia direto para a cama. Então foi muito estranho, porque eu sempre fui muito elétrica, muito cheia de energia e nos primeiros meses foi muito complicado. Mas graças a Deus passou. Agora estou em uma fase boa, só tenho dor de cabeça uma vez por semana, mas não é nada muito forte, minha energia está normal, não estou cansada, já não vomito mais e agora está começando um pouquinho de dor nas costas, nada muito sério. Então acho que estou numa fase boa, uma fase “normal” da gravidez. 


Itu.com.br – Como descobriu sobre a gravidez? Foi uma surpresa ou você já estava planejando? Com quantos meses estava quando descobriu?

Camila - Logo depois do meu casamento eu fiz um exame de sangue e descobri que tinha que tomar algumas vacinas em um intervalo de 6 meses. Então nesse período os médicos avisaram que não poderíamos tentar engravidar. Como depois disso seria fim de ano, acabamos deixando os planos para os primeiros meses do próximo. Só que meu primeiro período fértil depois da vacinação seria ainda em novembro, mas como não acreditávamos que poderíamos conseguir logo na primeira vez, deixamos acontecer. Semanas depois fizemos um churrasco em casa e conversando sobre menstruação com minhas amigas percebi que a minha estava atrasada. No dia seguinte resolvi fazer o teste de farmácia e deu positivo. Fiquei feliz, mas assustada, porque eu não imaginei que ia engravidar assim de primeira. E no dia seguinte eu fiz o teste de novo para ter certeza. Foi assim que eu descobri, meio no susto. Quando vi não parei de chorar, fiquei super feliz, foi muito emocionante. Eu estava com mais ou menos quatro semanas de gravidez. 


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 – Quando soube o sexo do bebê? Com quantos meses estava? Como foi esse momento revelador para você?

Camila - Eu fiz o meu primeiro ultrassom quando estava com 12 semanas, mas os médicos não conseguiram identificar o sexo na época. Então voltei a fazer com 18 semanas e eles identificaram, mas deixaram para contar por último, para ficarmos curiosos. A médica ainda falou que estava claro o sexo do bebê, perguntando como não conseguíamos ver. Eu olhei para o meu marido e não entendíamos nada naquela imagem. Daí ela finalmente contou que era um menininho. Secretamente, a gente nem tinha se atrevido a falar ou desejar, mas nós sempre quisemos ter um menino primeiro. Então ficamos extremamente felizes quando soubermos. 


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 – Com a gravidez acontecem muitas mudanças no corpo de uma mulher. Como está sendo essa experiência para você? Era como imaginava ou não? Por quê?

Camila - Geralmente quando a mulher é mãe pela primeira vez a barriga demora mais para aparecer. A minha, por exemplo, começou a surgir lá pela décima sétima semana, mas era só uma barriguinha. Quando estava com mais ou menos 22 semanas é que ela ficou mais dura e redondinha, daí eu passei a me sentir mais mãe, mais grávida, uma sensação muito legal. Agora está com um tamanho que eu acho perfeito, não está tão grande que me atrapalhe nos movimentos, eu ainda consigo abaixar e dormir tranquilamente. Mas acho que daqui algumas semanas ela vai realmente começar a crescer bastante. Por enquanto não houve, não senti mudanças muito drásticas, só coisas que acontecem na gravidez como o aumento dos seios. Tem gente que fala que o cabelo fica melhor, mais hidratado, só que eu não reparei nessas coisas. 


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 – Ter um filho é uma grande responsabilidade, mas também um grande presente. Você se lembra quando percebeu que realmente seria “mãe” pela primeira vez? Qual foi a emoção deste momento?

Camila - A primeira sensação foi quando fizemos o primeiro ultrassom. Quando você vê que tem um bebezinho dentro da sua barriga e o coraçãozinho está batendo, você já consegue ver o corpinho praticamente todo formado, tem os pezinhos, as mãozinhas, a cabecinha, é muito bonitinho. E antes da gente fazer o exame, na sala da médica, meu marido e eu demos as mãos e começamos a rezar, pedindo que o bebê viesse com saúde. Já no exame, a primeira imagem do bebezinho foi dele com as duas mãozinhas dadas em cima do peito, como se ele estivesse rezando também. Então foi muito emocionante, foi difícil controlar o choro. Essa foi a primeira vez. E depois, com 21 semanas, eu senti ele chutando pela primeira vez, e não parou mais. Ele é muito agitado, chuta o tempo todo. Às vezes parece que tem uma fanfarra, mexe com a mão, com o pé e dá até para ver a barriga mexendo. Uma sensação muito legal. Como eu também gosto de falar, ficamos conversando o tempo todo. Temos uma conexão bem legal. 


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 – A maternidade é uma nova etapa na vida de uma mulher e você mora bem longe da sua mãe. Como faz para dividir esse momento especial com ela? Você se inspira na sua mãe quando pensa no futuro com seu filho?

Camila - Minha mãe vai passar uns dois meses comigo, para me ajudar no começo. Acho que isso vai ser muito bom tanto para mim, como para minha mãe que vai poder ter esse contato com o primeiro netinho dela. Realmente a distância, querendo ou não, atrapalha um pouco. Mas a minha ideia é continuar vindo para o Brasil e levar meus pais para lá [Austrália] pelo menos uma vez por ano. Nosso plano é que a gente comemore o primeiro ano do nosso filho aqui, para os meus pais vê-lo e brincarem, curtirem o netinho. Quero que eles tenham o maior contato possível. Além disso, a tecnologia já ajuda muito. Eu converso com a minha mãe a cada dois ou três dias por aplicativos, então ela pode acompanhar o crescimento dele assim também. Eu me inspiro muito na minha mãe. Ela sempre trabalhou fora de casa, mas ao mesmo tempo ela sempre teve o maior cuidado e atenção, e sempre deu tudo o que eu e meu irmão precisávamos. É a pessoa que tem mais paciência no mundo inteiro. Não acho que vou ter tanta paciência assim, mas é algo para se espelhar. E sem dúvida darei o melhor de mim para que meus filhos tenham todo o amor que eu e meu irmão temos, e que cresçam com saúde, alegria e tudo de melhor que a gente possa oferecer. 


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 – Você ainda não pegou seu bebê no colo, nem viu o rostinho dele, mas a ligação entre vocês já é forte. O que é ser mãe para você agora?

Camila - Agora é muito emocionante, eu sinto ele chutar o tempo todo e quando ele fica uma hora sem chutar eu já começo a conversar com a barriga, perguntar se está tudo bem. Como dizem que agora ele já consegue identificar a voz dos pais, meu marido e eu estamos sempre falando, interagindo com ele. Ainda não escolhemos o nome, temos algumas opções, então acho que quando escolhermos e começarmos a chamá-lo pelo nome essa ligação será maior ainda. Mas já é um sentimento inexplicável, apesar de às vezes parecer que a ficha ainda não caiu e ter tantas coisas para acontecer e aprendermos ainda, ao mesmo tempo já é aquela coisa muito especial. A expectativa para o nascimento está grande, estamos contando os dias, as semanas para ver a carinha dele, sentir o cheirinho. 


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 – Este é seu primeiro Dia das Mães. A data ganhou um significado diferente para você? Por quê? 

Camila - Para ser sincera, ainda não mudou. Como eu disse, acho que a ficha ainda não caiu mesmo. Apesar de eu saber que tem uma vida crescendo dentro de mim e que meu amor já está aumentando cada vez mais e mais, e é maravilho sentir os “chutinhos”, ouvir o barulho do coraçãozinho, eu ainda acho que tenho muito a aprender. Ainda não sinto essa sensação de ser mãe. Então acho que esse Dia das Mães não sei se levaria como sendo o meu primeiro.


Itu.com.br - Você afirma que ainda não se sente uma verdadeira mãe, por ter muito o que aprender. Então que tipo de mãe você espera/deseja ser após o nascimento do bebê?  

Camila - 
Acho que toda mãe deseja ser a melhor possível. Mesmo errando, toda mãe erra querendo acertar. E é isso que eu quero, aquele receio, aquele medo de não ser a melhor mãe possível e o desejo de ser ao mesmo tempo. Espero ser principalmente uma mãe paciente e presente, também a melhor amiga possível que meu filho possa ter. Que ele confie em mim e eu possa ser a primeira pessoa para quem ele conte as coisas, queira conversar e desabafar. 

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