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Publicado: Quinta-feira, 18 de maio de 2006

Conheça a História de Santa Rita

Conheça a História de Santa Rita

Conheça a História de Santa Rita
Imagem de Santa Rita
A construção da Igreja de Santa Rita, em nossa cidade, e a demonstração concreta da devoção do povo aqui localizado, que se curva até hoje, respeitosamente, diante da imagem de Santa Rita, com profundo afeto e acentuada confiança na Santa dos Impossíveis. Em 2005 a respectiva festa contou com aproximadamente 20 mil participantes.
 
De acordo com o historiador ituano Francisco Nardy Filho, em 1726, com provisão do Bispo do Rio de Janeiro, D. Frei Antonio de Guadalupe, o Sr. Mathias de Mello Rego e outros devotos ergueram, nos arrebaldes da Vila de Itu, uma pequena Capela dedicada a Santa Rita, ocorrendo o respectivo benzimento e inauguração, em 1728, a quatro de abril, antes mesmo da canonização da Santa.
 
Essa Capela foi conservada, aproximadamente, por cem anos, passando, apenas, por pequenos reparos, até que uma pessoa muito piedosa, procurou fazer todas as obras que eram necessárias, vindo a falecer, essa pessoa, em 1859, já tendo feito as principais obras, inclusive o retábulo e o douramento do altar-mor, com a indispensável colaboração dos devotos.
 
Normalmente, à época, como regra geral, celebrava-se missa todos os dias, graças à dedicação do Padre Joaquim Feliciano Costa, ajudado pelo pai. Vindo a falecer em 1863, o citado Padre, foi substituído por outro piedoso ituano, inclusive contando com o auxilio de diversos zeladores.
 
Os diversos zeladores com que a Capela contou, vieram zelando dedicadamente, por ela, fazendo diversos melhoramentos: porém, de qualquer forma, algo ainda precisava ser feito e, então, em 1865, o Padre João Paulo Xavier, recorreu à generosidade dos conterrâneos, até conseguir a importância de que precisava e fez as reformas necessárias e convenientes, levantando-as mais, fazendo o coro, o campanário e o frontespício.
 
Além da imagem de Santa Rita, existem, nessa Capela, duas outras belas imagens uma de São Sebastião e a outra de São Roque, sendo elas muito veneradas pelo povo católico de Itu. Devendo ser destacado que essas imagens foram adquiridas com esmolas decorrentes de votos feitos pelo povo por ocasião das epidemias de febre amarela que assolaram a cidade de Itu, em 1892 e 1897.
 
Santa Rita é considerada a Santa das Causas Impossíveis e uma das mais populares entre os católicos, no Brasil. Os aflitos por causa de uma doença na família, dificuldades financeiras e outros problemas de difícil solução recorrem a Santa Rita, sendo que, em Itu, a devoção a ela surgiu muito antes da construção de sua Capela que é, entretanto, uma construção urbana, muito antiga.
 
Devemos acrescentar que Santa Rita conta com mais de 20 mil fiéis acompanhando a respectiva procissão. Na procissão do ano de 2005, o Grupo de Festeiros se encarregou de distribuir 15 mil botões de rosas aos fiéis, porque, logo após a morte da Santa, o quarto em que ela se encontrava foi tomado por um forte perfume de rosas. É feita a benção das rosas, seguida de uma chuva de pétalas sobre o povo.
 
Efetivamente, a procissão em homenagem à Santa Rita tem grande número de participantes, já há muitos anos e o respectivo evento faz parte do calendário turístico e cultural do Município, desde 1995. Nas festividades também incluem-se leilões, quermesse, novena e a tradicional procissão.
 
Também vale registrar algumas passagens algumas passagens da vida de Rita, aliás, uma engraçada criança que nasceu em Roccaporena, uma pequenina cidade da Úmbria, na Itália, tendo recebido o nome de Margarida.
 
Seus pais, Antonio Mancini de Rocca Porena e Amata Serri de Fogliano abreviaram o nome para Rita (Margarida, em italiano: Margherita). Nasceu em 22 de maio de 1381.
 
E como início da vida de Rita, com seus efeitos milagrosos, contam uma história muito interessante que, mesmo não sendo confirmada efetivamente, esta representada em tela pintada entre os anos 1457 e 1480.
 
A história é a seguinte: seus pais, ocupados com o trabalho da colheita, levaram a menina para o campo e a colocou, a sombra de uma árvore, numa cesta.
 
De repente, um dos ceifeiros que tinha machucado um braço e estava perdendo muito sangue, correu para o rio, a fim de levar-se e, por pouco, não derrubou a cesta em que estava a pequena Rita. O homem parou, preocupado e, olhando para a menininha, notou que o berço se transformara numa colméia, onde um enxame de abelhas brancas zumbia ao pousarem nas orelhas e se enfiarem entre os cabelos da menina.
 
Amedrontado, o ceifeiro ergueu o braço para espantar os insetos, e o fez com o braço machucado. Quando se deu conta, da ferida não saia mais sangue, pois estava totalmente cicatrizada. Então se pôs de joelhos para agradecer a Deus; e o fato milagroso espalhou-se por toda a parte.
 
Atualmente, as órfãs que moram perto do Santuário, em Cássia, são chamadas de abelhinhas de Santa Rita.
 
Outro fato narrado como real foi que Rita era meiga e reflexiva. Aprendeu a ler e escrever com os religiosos de seu tempo, revelando uma exemplar fidelidade ao ensino religioso.
 
Às vezes, ia com seus pais para Cássia, cidade próxima aquela em que residiam, a fim de participar de cerimônias religiosas, mais solenes, ouvir célebres pregadores, confessar-se e, até, para visitar os dois conventos das Irmãs Agostinianas: Santa Maria Madalena e Santa Luzia.
 
Comovida, ao pensar no amor verdadeiro que unia seus pais por tantos anos e, também, no amor que ambos nutriam por ela, aceitou casar-se, aos 14 anos, seguindo a vontade de sua família.
 
Pouco tempo depois de seu casamento, seus pais morreram.
 
O marido de Rita era um homem rude e prepotente, não tinha modos de “cavaleiro cortês”. Rita era de bom temperamento, paciente e compreensiva e desempenhava seus deveres com serenidade. Tiveram dois filhos gêmeos, fazendo com que sua casa vibrasse com gritos e risadas das crianças.
 
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