Bem estar

Publicado: Quarta-feira, 7 de abril de 2010

8 de abril - Dia Mundial de Combate ao Câncer

O melhor remédio para o câncer é a prevenção!

8 de abril - Dia Mundial de Combate ao Câncer
O tabagismo é um forte vilão. Estima-se que se a causa fosse completamente eliminada do mundo, haveria uma redução de 35% nos casos de câncer
Por Marília Monteiro

No Brasil, o câncer é a terceira causa de morte e estima-se que a cada ano, oito milhões de pessoas pelo mundo recebam o diagnóstico da doença. Ou seja, uma em cada três mulheres e um em cada dois homens tem, teve ou terá câncer. Porém, atualmente se obtém taxas de cura próximas dos 80% nos maiores centros, muito além do que se conseguia há 20 anos. Com o intuito de alertar e prevenir a doença, em 8 de abril é comemorado o Dia Mundial de Combate ao Câncer.
 
Dentre os fatores causadores ou desencadeadores do câncer estão hábitos de vida que foram se desenvolvendo ao longo dos anos, e tornando-se muito fortes na sociedade atual. Alguns exemplos são o sedentarismo, o estresse, a ingestão exagerada de gorduras e a exposição prolongada aos raios solares. O tabagismo também é um forte vilão, que desde os anos 50 é praticado com maior intensidade. Estima-se que se essa última causa fosse completamente eliminada do mundo, haveria uma redução de 35% nos casos de câncer, isso sem falar na diminuição de câncer de pulmão, infarto do miocárdio, derrame cerebral e enfisema.
 
“O menor caminho para a cura é o diagnóstico precoce e o melhor remédio para o câncer é a prevenção”, afirma o Dr. Paulo Bispo, especialista em oncologia. “O diagnóstico precoce além de aumentar as chances de cura, também propicia tratamentos mais conservadores, menos mutiladores”, completa.
 
O sistema neurológico tem grande influencia na doença, pois está diretamente ligado ao imunológico. Sendo assim, quando o primeiro é afetado, interfere no segundo, baixando a resistência, que terá mais dificuldade em detectar o problema.
 
Dr. Paulo fala também sobre a importância de acreditar em uma superioridade divina, não importando qual o tipo de religião ou crença. “Estudos demonstraram que pacientes portadores de câncer, que praticavam algum tipo de crença religiosa, apresentavam menores efeitos adversos, bem como maiores taxas de resposta durante o tratamento, além de melhoria na sua qualidade de vida”, ressalta. A ex-portadora de câncer, Cleide Ferreira, conta como a fé foi importante para sua cura.
 
Exemplificando a relação dos sistemas com a fé, vamos supor que uma pessoa levemente estressada devido ao trabalho (o que não é difícil hoje em dia) passa por um caso de luto na família. Automaticamente há um descontrole emocional, aumentando o estresse. Com isso, o sistema imunológico fica danificado, fragilizando o corpo. Se, por acaso, essa pessoa está propensa a ter câncer, ou já estava iniciando a doença, sua imunidade não perceberá tanto as modificações celulares, dando vazão ao desenvolvimento da doença. “A fé é importante justamente porque dá uma base à pessoa, ela tem em que se apoiar e acreditar, auxiliando nos vários momentos de submissão a emoções fortes que todos nós passamos”, explica Dr. Bispo.
 
A nutricionista da ONG Mais Vida, Gisele Bussaglia, em entrevista à equipe do Itu.com.br, conta que dentre tantos óbitos e desistência dos pacientes, há também histórias de vitória e superação, basta o paciente ter a consciência de que o câncer é curável, mesmo quando detectado já em ação. Então, não se deixe levar pelos mitos dessa doença e previna-se! Procurar um médico regularmente também é muito importante, pois a enfermidade evolui com sintomas pouco específicos, que dependem do tipo de câncer, do tecido e órgão comprometido, e do estágio da doença.
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