Bem estar

Publicado: Sexta-feira, 25 de abril de 2008

Você ronca? Cuidado, pode ser apnéia do sono!

Muitas pessoas são portadoras da doença e não sabem.

A apnéia obstrutiva do sono é uma doença com diferentes níveis de gravidade, sendo que nos casos graves está relacionada aos problemas cardiovasculares. Caracteriza-se principalmente por interrupções na respiração durante o sono, devido à obstrução das vias aéreas por alguns minutos. Normalmente vem acompanhada por um conjunto de sintomas, como a sonolência excessiva diurna, patologias cardiovasculares, neurológicas e alterações comportamentais.
 
“De 2 a 4% da população sofre de apnéia do sono”, comenta a Dra. Sonia Maria Togeiro, presidente da Comissão de Distúrbios Respiratórios do Sono da Sociedade Paulista de Pneumologia e Tisiologia (SPPT). O portador possui ronco alto e constante, com alguns engasgos. É um sono de má qualidade, que ainda pode provocar sérios riscos à memória e à concentração.
 
A apnéia é mais freqüente nos homens, a partir dos 30 anos, e em indivíduos com excesso de peso. Também é muito comum em pessoas que possuem o hábito de beber frequentemente. Como a apnéia se manifesta durante o sono, muitas vezes é difícil perceber sua existência. Trata-se de uma doença que não cura espontaneamente, é apenas controlada. Caso tenha como principal fator a obesidade, pode melhorar significativamente ou até curar.
 
Há pessoas que convivem anos com os sintomas, a ponto de se habituarem. Não percebem que estão doentes, portanto não procuram um especialista. O problema é que o diagnóstico tardio pode trazer resquícios à saúde, como complicações cardíacas, acidentes durante o trânsito ou trabalho pela má qualidade do sono, ou até mesmo a morte enquanto se dorme.
  
Nos casos moderados e graves de apnéia, o tratamento utilizado se baseia em um equipamento chamado CPAP (pressão positiva contínua na via aérea). Funciona como um inalador e depende que o portador use uma máscara noturna, acoplada a um aparelho de pressão positiva. O CPAP gera e envia fluxo de ar, abrindo a faringe e normalizando a respiração. Porém, a perda de peso é essencial para os obesos, adverte a Dra. Sonia Maria.
 
Fatores de Risco
Sempre que o paciente apresentar um fator de risco para a apnéia, deve-se procurar um especialista. No caso, pneumologistas, neurologistas ou otorrinolaringologistas. De acordo com o Dr. José Eduardo Cançado, presidente da Sociedade Paulista de Pneumologia e Tisiologia (SPPT), os fatores considerados de risco são: hipertensão, obesidade, ronco muito alto e habitual,  pescoço grosso, queixo pequeno ou posicionado para trás, amídalas e adenóides volumosas (em crianças), sonolência, alteração de memória e sono de má qualidade.
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