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Publicado: Quinta-feira, 10 de maio de 2012

Antes da Europa...

Austrália, Malásia, China e Bahrein.

Quatro etapas, quatro vencedores diferentes, um novo líder para cada fim de semana de disputa.

Uma bela combinação em se tratando de provas disputadas em horários muito ingratos (para sacrificar menos a grade dos principais países consumidores da Fórmula 1, leia-se países europeus, as corridas tiveram seus horários alterados, empurrando as provas para a madrugada brasileira). 

A Mc Laren tem o melhor carro e o pior amuleto da sorte. Até Button errou. Hamilton não está inspirado. Mas está regular, uma raridade. Seus piores resultados, registre-se, partiram de erros da equipe. 

Mercedes e Red Bull são as rivais. A primeira é boa em treino, péssima em ritmo de corrida. Não tem dois pilotos muito eficientes, também. Nico Rosberg é Nico Rosberg. Fraco. Schumacher está com idade avançada e, inegável, a falta de treinos é uma barreira. Principalmente para quem abandonou o circo com uma tecnologia corrente e retornou com outra, diferente. A segunda começou mal, viu sua estrela se descontrolar, insistir em peças do carro de 2011 para, só depois de três corridas, ressurgir. Líder, ainda por cima. Fechou o primeiro ciclo com 53 pontos, 4 acima de Hamilton e 5 de Webber. Depois deles, Button e Alonso, empatados, com 43.

Alonso?

Alonso. O ferrarista mais uma vez é o piloto mais interessante da temporada. Com um carro visivelmente ruim, incapaz de fazer frente a equipes medianas, como Sauber e Williams, ele conseguiu uma improvável vitória e um expressivo quinto lugar. Muito pra quem tem o sexto ou sétimo melhor equipamento do grid. Felipe Massa, ainda sem conseguir se classificar entre os dez primeiros em um treino oficial, marcou seus primeiros pontos somente no Bahrein. Fechou em nono lugar a criticada prova. Felipe vai embora da Itália no fim desta temporada. Não tenha dúvidas.

Mas para o Brasil, nada é 100% decepção. Bruno Senna amadureceu. Com 14 pontos, ostenta o 11º lugar na tabela e quase quatro vezes mais pontos que seu companheiro, o atirado Pastor Maldonado. Bruno tem uma qualidade essencial. Frieza. Não na pista. Mas em relação à arquibancada. O ufanismo e as inevitáveis comparações com o tio não inundam seu cockpit. Melhor para ele. 

GP2

Felipe Nasr e Luiz Razia cada vez mais se confirmam como os nomes do futuro na Fórmula 1. Após seis etapas disputadas, Nasr é o oitavo lugar, com 28 pontos. Razia é o segundo colocado. 83 pontos.

Indy

Castro Neves persegue Power. Que não persegue ninguém. O australiano da Penske confirmou o domínio nos circuitos mistos para abrir uma considerável vantagem na ponta do campeonato antes da chegada da temporada de ovais. O algoz da temporada passada, Dario Franchitti, para se ter ideia, já tem 98 pontos de desvantagem.

Tony Kannan continua muito bem, mas sofrendo um bocado com os erros da equipe. Rubens Barrichello tem andado com regularidade nas últimas provas, mas está longe, muito longe de vitórias. De sua adaptação, por enquanto, a registrar apenas a reclamação pelos inúmeros toques entre os carros. Ora, Rubinho, você esperava o que? 

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