Colunistas

Publicado: Sexta-feira, 11 de maio de 2007

Ciclistas em perigo

Ciclistas em perigo
Segundo conclusão de um estudo francês, o ciclismo é o terceiro esporte que mais provoca mortes, atrás do vôo livre e do alpinismo. Se mundo afora ele já é uma atividade de risco, no Brasil a prática ganha contornos dramáticos.

As más condições oferecidas para o uso da bicicleta, a falta de cidadania e educação do motorista voltado ao tema e, por vezes, a negligência e falta de informação dos adeptos ao ciclismo, formam uma verdadeira combinação mortal.
 
No Brasil, em 2004, segundo o Ministério da Saúde, 1.389 pessoas morreram em acidentes com bicicletas no País. Esses números são somente para aqueles casos, em que foi registrado corretamente pelos atendentes e prestadores dos primeiros socorros. Mas acredita-se que sejam bem maiores. E que tenha um aumento de 10 a 15% no decorrer dos anos, pois conforme aumenta o numero de adeptos ao uso da bicicleta aumenta-se o índice de acidentes também.
 
Em todos os paises o maior número de usuários da bicicleta, são aqueles que a usam como meio alternativo de transporte e também os mais atingidos por acidentes, na sua maioria atropelamentos.

Usa-se a palavra ‘fatalidade’, mas na realidade trata-se de uma tragédia consentida por muitos, pois o incentivo ao uso da bicicleta e a prática do ciclismo como esporte ou por lazer vem sendo intensamente trabalhada ultimamente, em formas de campanhas, apelos ecológicos, passeios ciclísticos e muitas outras ações que fazem o mercado da bicicleta crescer ano após ano. Mas em contra partida, pouco esta sendo feito para que os ciclistas tenham o mínimo de condições para o uso seguro deste maravilhoso meio de transporte concebido há séculos atrás por um Mestre, citado no artigo anterior, e que parecia já prever o futuro e o caos pelo qual enfrentaríamos.
 
Com o lançamento do Código Nacional de Trânsito Lei 9.503, de 23/09/97, com a aprovação da Lei do Plano Diretor Participativo para os Municípios Lei 10.257, de 10/072001 em conjunto com o lançamento de vários Programas de Incentivo à projetos de Mobilidade Urbana, propostos pelo Ministério das Cidades, nosso cenário nacional poderia estar bem diferente ou ao menos caminhando rumo há um progresso mais consciente. Uma vez que a Lei obriga o município através de seus governantes, relacionar e atualizar a cada 10 anos todas as suas ações previstas para o futuro, isso em discussão direta com a população através de audiências públicas, onde decidirão os rumos a serem seguidos pela cidade, assim como sua linha de trabalho em busca do progresso, cuja palavra faz parte do lema da nossa bandeira.
 
Só com a união de pessoas experientes no assunto e bem intencionadas em conjunto com a mobilização de cidadãos que buscam um Mundo melhor é que conseguiremos impor aos governos uma coerente e correta política ambiental para o futuro do planeta e de nossos filhos.
Comentários