O intuito deste artigo é o de trazer à público a constatação científica da existência de uma enorme biodiversidade no Brasil frente à “pirataria” vegetal, animal e mineral, praticada por países estrangeiros. Como afirma VOMERO (2001: 51-55): “Se eles (os piratas) pelo menos andassem por aí exalando bafo de rum ou se usassem o indefectível tapa-olho...Mas não, os piratas que estão pilhando o Brasil são insuspeitos, uns indistinguíveis de um ecoturista, outros disfarçados num avental de cientista”.

As multinacionais farmacêuticas infiltram-se na Floresta Amazônica, na Mata Atlântica, no Pantanal e em outras reservas, disfarçadas de ciência, de turismo, de preservação ambiental, e apropriam-se de suas plantas e animais, ou seja, de riquezas de sua flora e fauna, isolam extraem os devidos princípios ativos e, após patentearem os processos e produtos deles obtidos, vendem estes mesmos produtos a brasileiros, a preços elevadíssimos, sem ao menos pagar ao Brasil os “royalties” devidos legitimamente, e muito menos, cumprirem o direito que ao Brasil pertenceria de conhecer a tecnologia aplicada, as inovações obtidas etc, enfim, solidarizar os frutos das novas descobertas. Veja na tabela que segue exemplos de riquezas da flora e da fauna brasileiras que sofreram este processo citado:

TABELA

PIRATAS DA FLORESTA

Fonte: VOMERO, Maria Fernanda. Pirataria Genética: a natureza brasileira vale trilhões de dólares e está sendo saqueada debaixo do seu nariz. Super Interessante, São Paulo, n. 170, pp. 51-55, nov. 2001.

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