Colunistas

Publicado: Terça-feira, 8 de novembro de 2016

O improviso

O improviso

Sim, habitualmente – claro – as crônicas são redigidas diretamente no “Word”. Mas, de quando em vez, diante de um papel em branco, não se resiste à escrita manual, com efeito duplo por conseguinte, tanto de expender ideias como de fazê-las de próprio punho. Toda minha formação antecedeu à informática, concedida alguma velocidade somente à máquina de escrever.

Consta, outrossim, que a caligrafia revela contornos de habilidade e alguma arte. Mas chega de autorreferências, embora, creiam, tudo se resume de fato ao prazer de trazer aos leitores considerações de variegada feitura.

A temática nas crônicas, que começaram bem lá atrás, no ano de 1957, é de abordagem de temas variáveis e variados. Ao sabor do momento.

Alguém teria anotado algo? O quê afinal?

Ora, viva. Cuida-se até aqui de digressão à solta, sem o preciosismo de alguma ordem. Ao longo de bem mais de meio século, o quase improviso mesmo tem comandado esta fala, religiosamente semanal.

A faina prazerosa do jornalismo preencheu espaços no papel e, a partir  de meados de 2007, as mesmas publicações ganharam espaço concomitante também neste portal, amigo e acolhedor.

Mas, a partir de janeiro de 2014, tudo quanto cria esta mente viajora, apresenta-se com exclusividade aqui, no “itu.com.br”.

Espelho de meu pai, com menor brilho evidentemente, a inclinação para divagar se manifestou decidida em vários jornais doutras eras.

Os traços e as referências, repita-se, de rigorosa espontaneidade.

É assim que, até data algo recente, me descobri, mais por apontamento dos leitores, que o gênero de crônicas caracterizava tantas redações acumuladas.

A folha de papel, mencionada ali em cima, está preenchida.

Eu hoje paro por aqui.

Deus seja louvado.

Fez-me cronista e nisso me realizei e realizo.

Tchau.

Comentários