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Publicado: Sexta-feira, 8 de abril de 2016

Jornalistas

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Nesta data em que se comemora o Dia do Jornalista, nada mais lógico que justamente a imprensa diga de si, ao que vem e seus porquês de tantos matizes.

Na literatura como tal e nos seus aspectos vários, bem assim, pois, como no jornalismo, a figura do cronista é eminentemente espontânea e intuitiva.

Nos primórdios da escolha de seus caminhos, sequer desconfia que essa qualidade não se cria, porque aflora sozinha e, diga-se enfaticamente, nem percebe essa influência nata.

É totalmente diverso de enfileirar uma variedade de opções e tender por uma delas. Absolutamente.

Com frequência e quase sempre a partir dos comentários de leitores seus, é que aos poucos se dá conta de integrar o quadro dos adeptos dessa modalidade, à vista de tudo quanto já produziu. Olha para trás e até se assusta.

O cronista, em suma, de certo modo, não se faz como tal conscientemente; é descoberto.

Divagar à solta e em todas as áreas, este o seu mundo. Não sabe hoje do que se ocupará amanhã. É como enfiar a mão na sacola cheia e ali colher qualquer peça de seu variado conteúdo. Pronto. Nasce a crônica.

Nessa temática, tome-se do precioso livro “As cem melhores crônicas brasileiras” (Editora Objetiva) e leia-se a introdução do mestre Joaquim Ferreira dos Santos, responsável pela coletânea.

Uma das frases:

“A crônica brasileira tem uma cara própria, leve, bem-humorada, amorosa, com o pé na rua.”

E esta outra:

“Muitas vezes uma crônica brilha, gloriosa, mesmo que o autor esteja declarando, como é comum, a falta de qualquer assunto.”

De fato.

Comum assim acontecer.

A própria falta dele se faz assunto.

O nada vira algo.

E nasceu mais uma crônica.

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