2016, um bebê; seu primeiro choro

Afeito de há muito a crônicas semanais, dissera da última vez (27.12) da penúria imposta ao povo pela despudorada política nacional. Seria empenho quase de todo vão - este o fulcro daquele tema - localizar nomes impolutos a toda prova, no exercício desse múnus público de conduzir o país.

Cumpre então, por exceção, trazer aqui num mesmo prazo de sete dias - pois Natal e Ano Novo se fazem quase que juntos - mais de um comentário.

Eis, então, aqui a partir de hoje e agora, nos albores do ano de 2016, toda uma Nação de poucos sonhos e esperanças.

Mas, de todo modo, a vida não para.

Cada brasileiro, outra vez, vai demonstrar o seu estoicismo e empenhar-se ao máximo pela sobrevivência de si próprio e dos seus.

Já, então, nesse particular, resulta a disposição, se teimosia não for, da parte de cada cidadão dispor ainda de reservas de esperança. Buscar, por conta própria, e isto quanto a homens e mulheres trabalhadores, sobreviver do melhor modo possível, ainda que sob o peso possível de agruras supervenientes.

Quanto a pessoas já bem postas e que, mercê do próprio empenho, tenham auferido galardão de posições seguras, embora também sobre elas recaiam em parte as consequências de um mau governo, essas se salvam e que delas se lhes louve o tirocínio.

Há, porém, de assentir o leitor que essa é uma realidade do Brasil de hoje, ainda mais ao se levar em conta que os favorecidos da sorte e de seu tino privilegiado, constituam  uma minoria ínfima. Afinal, os brasileiros como um todo, representam duzentos milhões de cidadãos.

Aos gestores da Pátria, os empedernidos homens públicos sufragados pelo voto - este porém mal feito - se lhes pede um pouco mais de compostura. Eles, na plenitude, é que geram o mau conceito do Brasil, desacreditado e nada sério, no cômputo das nações.

Não se aborreçam, prezados leitores.

Ponham-se como sempre ao trabalho sério e confiem em Deus.

Afinal de contas são muitas as crianças para as quais talvez surja um Brasil respeitável e respeitado, ao atingirem sua maioridade.

Saúde, paz e esperança neste 2016, não obstante as alvíssaras sombrias desta abertura de ano.

Deus nos acuda e nos olhe e assim se diga na forma de uma prece saída do coração de cada um.

Sim e confiantemente, valha-nos Deus!

Sintamo-nos todos mutuamente abraçados e esperançosos.