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Publicado: Sexta-feira, 18 de dezembro de 2015

Star Wars: O Despertar da Força

Crédito: Divulgação Star Wars: O Despertar da Força
Kylo Ren não tem o mesmo charme de Darth Vader, mas é um grande personagem

A Força despertou novamente! O aguardado Episódio VII da saga criada por George Lucas finalmente estreou na quinta-feira (17), para a alegria dos milhões de fãs. E quem já teve a oportunidade de conferir deve ter gostado do que viu, pois "Star Wars: O Despertar da Força" é muito bom.

Trinta anos após a vitória da Aliança Rebelde, uma nova forma maligna ganha força na galáxia e ameaça a República. Luke Skywalker (Mark Hamill) está desaparecido e a tarefa de impedir que esse novo mal se apodere de tudo fica nas mãos da agora General Leia (Carrie Fisher) e sua Resistência.

Enquanto isso, no isolado planeta Jakku, a catadora de sucata Rey (Daisy Ridley) segue com sua pacata e triste vida, afastada de tudo isso. Ela acaba entrando por acaso (?) no meio de todo esse conflito, assim como o stormtrooper desertor Finn (John Boyega), que larga a Primeira Ordem - como é chamado o novo eixo do mal - com a ajuda do piloto Poe Dameron (Oscar Isaac) e o simpático dróide BB-8.

A partir disso, o espectador passa a conferir um misto de novidade e nostalgia, afinal o filme apresenta novos (e extremamente carismáticos) personagens e traz de volta outros tão amados, como Han Solo (Harrison Ford) e Chewbacca. E é esse “choque de gerações” que faz "O Despertar da Força" um dos melhores filmes da franquia.

Tanto os fãs que conheceram Star Wars pela trilogia clássica quanto aqueles que descobriram ontem essa saga poderão desfrutar do filme. Ponto para o roteiro acertado escrito por Lawrence Kasdan, Michael Arndt e pelo próprio diretor J.J. Abrams, que faz um trabalho bom e ainda consegue deixar sua marca.

As atuações de Daisy Ridley (grata surpresa), John Boyega e do incansável Harrison Ford sobressaem no filme, porém quem merece meu destaque é Adam Driver. No papel do vilão Kylo Ren, ele teve a dura missão de "substituir" o icônico Darth Vader. Claro que não consegue ultrapassar (nem igualar) um dos personagens mais emblemáticos da história do cinema, mas foi uma interpretação de respeito. Ele também repete toda aquela ambiguidade de Lorde Vader, estando no Lado Negro da Força, mas sendo "tentado" pela Luz.

Dos novos personagens, não há como não destacar a incrível Rey. Forte, determinada e perspicaz, a jovem sucateira mostra que não é um mero acessório, evoluindo ao longo das mais de duas horas de filme. Finn também é incrível. Alívio cômico em alguns momentos, destemido em outros, ele acaba tendo uma ótima química com Rey.

Por fim, vale salutar que o filme é Star Wars para uma nova geração - mas sem desrespeitar a antiga. Faz homenagens aos três primeiros filmes e até à trilogia recente, que foi facilmente ultrapassada por esse novo episódio. Emocionante, divertido e um verdadeiro tributo ao universo criado por George Lucas, "O Despertar da Força" é aquilo que todos esperavam - e muito mais.

PS: Leve um lenço. É sério.

PS2: Fique tranquilo, não tem cena pós-créditos.

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