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Publicado: Domingo, 22 de novembro de 2015

Avaré e Amparo

Avaré e Amparo

Duas horas, se houver um pouco de pressa.

Se pretender um percurso mais tranquilo, um pouco mais.

Chega-se assim ao município de Avaré, um pouco distante do centro, com a vista panorâmica da Represa de Jurumirim.

Mas, o que de novidade nisso? Ainda mais que esse espaço convidativo já terá sido visitado, inclusive por você que me lê agora.

Explica-se: aquela sensação sem igual de se estar em contato com a natureza. Como esta manhã é de sol, escutar barulho, só com o inocente bulício dos pequeninos pássaros na busca de grãos ou do que possam achar no mato baixo e quase rasteiro.

Toda curiosidade, pois, é despertada ainda pela abundância da água, quase a se perder de vista, detalhe que outrora não teria tanta importância. Efeito psicológico no contraponto do esgotamento do líquido vital para os ituanos.

Se hoje, 22, neste penúltimo mês do ano, a alma da gente se alegra, seja permitida oportuna e igual referência, vivida no domingo anterior, 15, numa passagem pela aprazível e pacata cidade de Amparo. Tanto mais que a chegada praticamente coincidiu com o horário da missa na Catedral, às dez horas. Sabe-se que Amparo é sede de Bispado, não obstante ser bem nova nos seus duzentos anos de fundação. Pacata por excelência, qualidade que se reflete na lhaneza de seus moradores. Se tão nova, 200 anos, mesmo assim se revela conservadora também, no empenho coletivo de manter incólume seu casario.  Apenas na dita rua do comércio, que se inicia desde a estação da Mogiana (lá intacta) para terminar na Praça da Catedral, houve adaptações.

De todo modo, seja confessada de vez essa notória predileção pela cidade: afinal de contas, ali assumi a condição de escriturário do IAPI, órgão que atendia e bem os trabalhadores da indústria. No mesmo período, lá completei meu curso de Contabilidade.

Invoco, destarte, credencial para comparações, eis que antes, de 1956 a 1960, minha primeira ocupação foi a de escriturário da Câmara Municipal de Itu. Época em que vereador não percebia remuneração e, até por isso, era usual que  muitos cidadãos de conceito e cultura se candidatassem.

No desditoso regime de 64, essa inovação se instituiu, a de conferir honorários aos edis.

Deu no que deu.

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