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Publicado: Quinta-feira, 25 de junho de 2015

A Culpa é das Estrelas

Crédito: Divulgação/IMDb A Culpa é das Estrelas
Augustus e Hazel: amor inocente e sincero

Tem filmes que carregam o estereótipo de “ruins”. Seja pelos atores envolvidos, diretor ou mesmo por conta de seu conteúdo, acabam sendo desmerecidos pelos espectadores sem nem ao menos terem sido assistidos. Muita gente – incluindo eu – fez isso com “A Culpa é das Estrelas”, romance adaptado do livro homônimo de John Green que fez grande sucesso entre o público juvenil e feminino em 2014.

Mas, como em outras oportunidades, resolvi dar uma chance à obra. Deixei meus pré-conceitos de lado e assisti ao filme ontem, totalmente descompromissado. E acabei me surpreendendo. “A Culpa é das Estrelas” é bom. Muitíssimo triste, mas bom. Tanto que resolvi escrever sobre ele, mesmo não se tratando de nenhum lançamento.

O filme mostra a vida de Hazel Grace Lancaster (muito bem interpretada por Shailene Woodley, a ex-futura Mary Jane dos filmes do Homem-Aranha), uma jovem com câncer que se mantém viva graças a uma droga experimental. Participando de um grupo de apoio, ela conhece Augustus Waters (Ansel Elgort), um jovem otimista que perdeu uma das pernas em decorrência desta nefasta doença.

Os dois acabam se apaixonando e protagonizam um lindo romance. Lindo e emocionante. Não tem como não se comover com o amor deles – principalmente por conta dos seus problemas de saúde. O relacionamento é tão inocente e sincero que você acredita ser real. Ponto para os atores, que tiveram grande sincronia e foram quase perfeitos.

O elenco de apoio também vai bem. Destaque para Nat Wolff, que interpreta o jovem amigo do casal, e Willem Dafoe, que faz um escritor adorado por Hazel – mas que se revela ser uma pessoa rancorosa e desprezível. Laura Dern, no papel da mãe da jovem, também se sai bem. Já Sam Trammell, o pai, deixa a desejar.

No geral, “A Culpa é das Estrelas” consegue seu objetivo: emocionar o espectador. Você torce por um final feliz, mesmo sabendo que ele é quase impossível por conta do maldito câncer. A direção correta de Josh Boone também se destaca no resultado final. O filme não é nenhum postulante a grande clássico do cinema, mas é honesto e bem-feito. Se você não viu, veja. De preferência com um lenço ao lado.

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