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Publicado: Quarta-feira, 17 de junho de 2015

Jurassic World: O Mundo dos Dinossauros

Jurassic World: O Mundo dos Dinossauros
Chris Pratt interpreta o domador de velociraptors Owen

Seguindo a tendência de reviver franquias de sucesso no passado, “Jurassic World: O Mundo dos Dinossauros” chegou aos cinemas na última quinta-feira (11/06) e bateu todos os recordes de bilheteria. Trazer de volta toda aquela mitologia construída nos filmes de Steven Spielberg foi o principal atrativo para o público, mas a nova produção dirigida por Colin Trevorrow tem seus méritos próprios.

Em “Jurassic World” vemos o novo parque dos dinossauros totalmente estabelecido. Uma verdadeira Disneylândia jurássica. Diversas atrações, brinquedos baseados nos dinos, lanchonetes, lojas de suvenires... Enfim, um grande palco de entretenimento. Na primeira meia hora do filme vemos o público interagindo com toda essa estrutura. É bacana, mas não empolga tanto. Mas isso é um mal dos blockbusters atuais que comentarei mais pra frente.

A ação começa mesmo quando um novo dinossauro surge em cena. Criado através de manipulação genética, o Indominus Rex – na verdade “a”, pois se trata de uma fêmea – passa a tocar o terror no parque após fugir de seu cativeiro. Ela consegue isso por ser altamente inteligente, já que é fruto da combinação de diferentes espécies. E é aí que entra em cena o personagem de Chris Pratt, o domador de velociraptors Owen.

Chamado pela doutora Claire (personagem de Bryce Dallas Howard) para ajudar na situação, Owen começa a caça à criatura assassina criada em laboratório. Ao mesmo tempo, os sobrinhos de Claire se perdem no parque e se metem em diversas enrascadas. Nesse momento o filme começa a valer o ingresso. Porque até então era uma ladainha sem fim sobre o divórcio dos pais dos garotos, o relacionamento da doutora com o domador... Coisas dispensáveis para um filme deste tamanho.

É, como escrevi acima, o mal dos blockbusters de hoje em dia. Querendo colocar um drama desnecessário em suas obras, diretores e roteiristas acabam tornando a história maçante. Não que seja o caso de todo o filme, mas a primeira meia hora é um tanto modorrenta. Hollywood tem muito o que aprender com “Mad Max: Estrada da Fúria”...

Mas voltemos ao parque dos dinossauros: os bichões estão imponentes. Não dão tanto medo como os animatronics usados por Spielberg na trilogia da década de 1990, mas estão bem realistas. Ponto para o pessoal dos efeitos especiais, que foram perfeitos.

O roteiro também funcionou bem, apesar de alguns furos na trama – coisa que deve ter sido culpa da montagem. Mas convenhamos: isso é o de menos num filme que tem Tiranossauros Rex e tantos outros dinos fantásticos! Enfim, “Jurassic World: O Mundo dos Dinossauros” é uma boa e despretensiosa aventura. Pode assistir sem medo.

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