Mad Max: Estrada da Fúria
No filme dele, quem manda são elas. Em “Mad Max: Estrada da Fúria”, novo capítulo da obra de George Miller, o personagem principal na verdade é secundário. Quem rouba a cena é a Imperatriz Furiosa (Charlize Theron) e suas protegidas. Girl power total. Deve ser por isso que um grupo de ativistas pelos “direitos dos homens” reclamou do feminismo presente na produção...
Mas o novo “Mad Max” não trata disso. Pelo contrário. O filme lançado no dia 15 de maio nos cinemas brasileiros trata de ação ensandecida e sem pausas. Um verdadeiro blockbuster preocupado apenas em entreter o espectador, não levantar grandes questionamentos ou mesmo bandeiras feministas e de outras minorias. Até consegue isso, mas não é o principal objetivo.
Em um futuro pós-apocalíptico onde a água é escassa, “Mad” Max Rockatansky (Tom Hardy) é perseguido por capangas de Immortan Joe (Hugh Keays-Byrne), um senhor da guerra que tiraniza uma cidadela. Ao mesmo tempo, ele é assombrado por seu passado turbulento. Nessa confusão, Max acaba se juntando com um grupo rebelde liderado por Furiosa e parte numa jornada em busca da sobrevivência.
O diretor George Miller conseguiu elevar ao máximo toda a adrenalina dos três primeiros filmes – protagonizados por Mel Gibson – e entregou uma produção brutal, de tirar o fôlego do espectador. Neste novo capítulo (independente dos anteriores), Hardy interpreta Max de forma visceral. Com poucas palavras, ele consegue passar o espírito atormentado e brutal do personagem.
Porém “Mad Max: Estrada da Fúria” não é centrado em atuações esplêndidas – apesar de Charlize estar magnífica como sempre. Se você for ao cinema conferir a obra, espere por tiro, porrada, bomba e muita areia. Espere por perseguições que deixam “Velozes & Furiosos” comendo poeira, ação mais impressionante que qualquer filme de super-herói lançado recentemente e tomadas de encher os olhos.
Resumindo: espere por um filme que entrega o que promete, ou seja, diversão. Ao longo das suas duas horas de duração, “Mad Max: Estrada da Fúria” permite ao espectador respirar em pouquíssimos momentos, retomando ao ritmo alucinante logo em seguida. Uma verdadeira montanha-russa em forma de longa-metragem, que deixa com aquela vontade de quero mais logo que o passeio termina.