Colunistas

Publicado: Sábado, 17 de janeiro de 2015

Whiplash: Em Busca da Perfeição

Crédito: Divulgação Whiplash: Em Busca da Perfeição
Miles Teller tem bons momentos, mas quem rouba a cena é J.K. Simmons

Um filme sobre um jovem que busca ser o maior baterista de sua geração, mas que tem pela frente um maestro linha dura e que abusa da pressão psicológica para obter o melhor de seus músicos. Assim é “Whiplash: Em Busca da Perfeição”, filme dirigido por Damien Chazelle que foi o grande vencedor do Festival de Sundance em 2014 e agora consegue cinco indicações ao Oscar 2015 – incluindo Melhor Filme.

O solitário Andrew (Miles Teller) busca de todo modo chamar a atenção do maestro de jazz Terence Fletcher (J.K. Simmons, que está absolutamente fantástico no filme). Quando finalmente é chamado para integrar a orquestra principal do conservatório de Shaffer, a melhor escola de música dos Estados Unidos, Andrew passa por inúmeras situações de pressão extrema e começa a questionar até onde pretende seguir para alcançar seu sonho.

O grande destaque do filme é mesmo J.K. Simmons. Numa atuação monstruosa, o veterano fez por merecer sua indicação ao Oscar de Melhor Ator Coadjuvante. Eu até questionaria essa de “coadjuvante”, porque quem fica de lado em “Whiplash” é mesmo o protagonista Miles Teller. Apesar disso, o jovem de 27 anos – que em breve será o Sr. Fantástico em “Quarteto Fantástico” – também tem bons momentos no filme.

Repleto de referências ao mundo da música, com uma boa fotografia e excelente mixagem de som, “Whiplash: Em Busca da Perfeição” é um ótimo filme, mas talvez não merecesse a indicação entre os oito melhores de 2014. No seu lugar, indicaria “Garota Exemplar” – o grande injustiçado do Oscar. Porém também não dá pra cometer injustiças com “Whiplash”, que pode não merecer essa indicação, mas é um filme de respeito.

Comentários