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Publicado: Quinta-feira, 5 de junho de 2014

Falece Jonas Helder

Jonas Helder Solato faleceu na tarde desta quarta feira, dia 4 de junho.

Aparentemente estava bem, conquanto vindo há certo tempo de uma hospitalização algo insidiosa, mas da qual no fim se saíra, com a ideia geral de bem curado. A morte, entanto, cumpre serena seu papel de, quase sempre, não mandar aviso.

Deixou esposa e filhos.

Muito raro de a gente se ver com ele nas esquinas da vida, mas a cada encontro a conversa era demorada, ambos a querer saber das coisas e das novidades. Autodidata, ministrara palestras múltiplas em vários locais da cidade e, nesse meio, bem conhecido.

Em verdade, pois, sem haver assim uma convivência mais próxima, muito querido sim, eis que filho de José Henrique Solato e Benedita Boff, seu pai, primo em primeiro grau do colunista. Se com o prezado finado os contatos nem eram frequentes, ao comparecer ao concorrido funeral, prova de sua estima, foi o suficiente para recordações infindas do tempo de criança.

Seu pai e o irmão, Constantino Solato, falecido de há muito, primos portanto, eram vizinhos, eles na esquina da Monsenhor  Monteiro (conhecido pelos de outrora como “Bequinho da Prefeitura”) com rua dos Andradas e este que lhes escreve, no mesmo beco, na esquina contrária, a da rua Barão do Itaim.

Entre as duas residências, no meio do quarteirão, a casa do Monsenhor Durval, lá, até hoje.

Meus pais, vindos de Capivari, alojaram-se à época no suntuoso, amplo e magnífico “sobradão”, assim conhecida, a autêntica Casa do Barão, cruelmente demolida como todo o restante do vetusto casario de Itu. Tivesse continuado estreita a Sete de Setembro, igual à congênere, Madre Teodora e conservados os sobrados todos do Largo da Matriz, Itu seria hoje, se não tanto, a quase Ouro Preto paulista. Forçoso repetir o dito na imprensa tantas vezes: verdadeiro crime de lesa patrimônio.

Volte-se enfim aos Solato, irmãos que, com este seu primo mais o Monsenhor Durval, envolviam-se em aguerridas disputas de futebol com bola de meia, na Travessa Monsenhor Monteiro, segunda metade dos anos quarenta. Dois contra dois, são paulinos versus palmeirenses.

Existia no beco, pegada à casa do Monsenhor Durval, uma carvoaria. Não dava outra coisa. Os quatro a rabiscar calçadas, entre outros inocentes devaneios de viva lembrança.

Tino, Zé Henrique e a esposa deste, saudosa Ditinha, com o filho Helder, que Deus os tenha, a todos.

Este primo saudoso roga a Deus Nosso Senhor que lhes propicie guarida nos céus, tal como o merecem as almas generosas.

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