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Publicado: Sexta-feira, 28 de fevereiro de 2014

A escola que não queremos é a que temos

A escola que não queremos é a que temos

A escola que não queremos, de acordo com a CNBB, é a escola que temos.

Já em 1998, a CNBB, divulga na Campanha da Fraternidade que “a escola que não queremos é a que responsabiliza a família pelo seu fracasso“. Parece que esse pedido soou como uma premonição, praga. A escola de lá para cá cada vez mais responsabiliza a família pelo seu fracasso. Escola pública especialmente em São Paulo delegou a sua obrigação para a família e a responsabiliza sempre. Essa escola é a que nós não queremos, mas é a que temos.

Temos uma escolinha um e noventa e nove, de acordo com as avaliações oficiais as nossas escolas tem média 1,90.

Dr. Paulo Renato de Souza, de saudosa memória para alguns declarou muitas vezes que a boa escola é a que a comunidade participa. Ele deu o diagnóstico, mas não teve a capacidade e a boa vontade de dar o remédio. Um remédio amargo mas que cura. Para resolver o problema da escola é dar aos pais vez e voz. Qualquer aluno a partir dos 10 anos sabe dizer qual o bom professor e qual o professor que engana.

Dia 26, quarta feira p.p. no Diário de São Paulo, página 8 o Chefe de Gabinete da Secretaria de Educação, joga todo o fracasso da escola para os pais.

Então indignada, tenho que responder: Não Dr. Padula a escola não depende dos pais para ser uma boa escola.

Nós os pais temos muito mais interesse que os professores que nossos filhos sejam homens de bem. Os nossos filhos mais difíceis são os que nos preocupa mais e serão sempre nossos filhos, já a escola expulsa os mais difíceis e rebeldes. São os ex alunos inteligentes e lideres que vão liderar quadrilha nas favelas, não serão bonzinhos porque a escola não os quis. Na escola do crime sempre tem vaga.

Os pais mais pobres sempre recomendam aos seus filhos que estudem para terem uma vida melhor que a deles. Todos os pais que conheço recomendam aos seus filhos que prestem atenção na aula e respeite todos. Infelizmente a reciproca não é v erdadeira. As aulas são medíocres e o aluno tem seus direitos violados constantemente. Na escola muitas vezes o aluno perde o referencial de honestidade que levam de casa.

O caos se instalou, Dr. Padula, mas também por omissão e covardia de alguns pais, mas com certeza por conta do descaso das autoridades que tem na mão o poder, mas não tem vontade política e nem interesse.

Pior ainda é que essa escola afugente os Educadores, tão angustiados quanto os pais. Os Educares ficaram sem espaço numa escola imoral e falida. Toda corporação tem os bons e os maus são a minoria. Só na escola pública a gente sabe que os maus são a maioria. Os maus e os omissos. Sobra nada para o Educador e os Alunos.

Então, hora de rever esses conceitos Dr. Padula, já que o senhor pode por ser a pessoa mais poderosa e influente na SEE, já ocupou cargo de Secretário de Educação, Secretário Adjunto e Chefe de Gabinete.

Então o Dr Padula escreveu tantos absurdos e equívocos, tandos enganos e tanto ofendeu os pais de modo elegante, mas ofendeu que beira o cinismo. Parecia também que debochava.

Dr. Padula, véspera de eleição, não é hora de bricadeira, nem se brinca com coisa tão séria...

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