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Publicado: Segunda-feira, 7 de outubro de 2013

Pano Verde, o primeiro filme da Nósmesmos

Pano Verde, o primeiro filme da Nósmesmos
Tudo começa com uma simples partida de pôquer...

Comemorando 10 anos em 2013, a companhia teatral ituana Nósmesmos resolveu apostar em um projeto ousado: um média-metragem. Acostumada a realizar excelentes obras no teatro (como a nacionalmente conhecida Por que os homens mentem?), a trupe faz bonito em sua primeira incursão no cinema. Pano Verde é surpreendente, tem uma fotografia caprichada e atuações convincentes.

>> Confira a programação do filme!

O filme conta a história de um grupo de amigos que se reúnem para jogar pôquer e assim esquecer os problemas de suas vidas. Depois que o policial Roberto (Juliano Mazurchi) descobre que sua mulher o trai com um de seus parceiros de jogatina, tudo muda. Numa noite, ele propõe uma arriscada aposta: o perdedor deverá realizar um assalto e o dinheiro será repartido entre os demais amigos. O que eles não sabem é que tudo isso faz parte do seu sórdido plano de vingança.

Só que essa não é a única reviravolta do filme. O suspense está presente em todos os momentos do filme. O ator global Ricardo Vandré, diretor e roteirista de Pano Verde, montou uma estrutura dramática que deixa o espectador na ânsia de saber a conclusão a todo o momento. Os 40 minutos da produção passam voando.

Porém, nem tudo são flores: o filme tem alguns problemas, como era de se esperar de um debute. Apesar de convincentes, alguns atores levam para a telona certos vícios do teatro. A trilha sonora também não me agradou. Outra coisa que não gostei muito foi o pouco tempo que o ator Christian Hilário (que interpreta Jorge) aparece no filme.

Mas tudo isso é relevado com as boas sacadas do roteiro de Vandré e as atuações de Mazurchi e André Almeida, principalmente. Alessandre Pi, que desempenha o alívio cômico do filme, também se destaca. Também não poderia deixar de citar os “atributos” de Andreia Manho, a bela esposa infiel do policial Roberto.

No conjunto da obra, Pano Verde mostra ser uma boa opção de entretenimento e um grande cartão de visitas da companhia teatral no mundo da sétima arte. O filme tem muito suspense, ação e doses de humor. Agora, fica a expectativa dos próximos passos da trupe nesse novo caminho. Vem continuação por aí? Espero que sim.

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