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Publicado: Terça-feira, 19 de fevereiro de 2013

Ler para ser

Ler,  para SER,

Pois sem o hábito de o fazer

Não há como conhecer! . . .

Limitando-nos aos conceitos

Oriundos do humano amanhecer.

Se a leitura de fato não acontecer,

Se livro  não tivermos para ler,

Se livros forem apenas coisas para “literatos”,

Se “apenas sono” é a  sensação que essa apropriação nos produz,

Limitados  ao  lazer do lúdico prazer ,

Ficamos todos  com escasso parecer

Na área do saber,

Restritos ao que for e vier

ao belo vai  vem, ou não tão belo,  mero viver

no diário acontecer,

acomodando-nos ao conforto do que possamos almejar ou perceber.

Sem indagar o que possa ser verdadeira autoridade no SABER,

Que nos habilita ao vital PENSAR,

Pobre, pobre será nosso pretender ! . . .

Sim, ouço dizer:

Também posso ouvir,

sentir, buscar, gargalhar, divertir-me, brincar, ver

Bailar, amar, ironizar, diplomar-me, competir, correr,

E nisto,  resumir meu aprender,

Isto basta simplesmente ao meu viver ! . . .

 Contenta-me entretanto e, muito,   saber

Ser  pleno e  principal direito, se o conquistar e o merecer !!! . . .

É claro! . . .  claríssimo !!!  Isto pode vir a ser,

É são, é bom, é vital,  inteligente, é instrutivo acontecer! . . .

Sem com isto não desprezar o ideal de diário conviver e APRENDER ! . . . .A CONFABULAR COM O  S E R ! . . . NO  AMANHANCER DO  L E R  ! . . .

Pois o SER, não existe sem a forja do SABER, sem vocabulário expressivo do sentir, do doer, do sorrir,  do ver, do interpretar, da necessidade imperiosa de expressar-se bem, do perceber, indagar, perscrutar, o SER  é a consciência da lei moral, dos impulsos, instintos, da racionalidade das regras jurídicas a que devo obedecer,  que me torna evolutivo consciente cidadão e pessoal contribuinte, preparado na ação cotidiana, testemunhante, humanamente civilizadora.  É a imprescindível e insubstituível qualidade, a condição do pensamento crítico, o treinamento na ARTE DE PENSAR, a DIGNIDADE, pilar maior da ambicionada constituição democrático-republicana,   a característica, ou propriedade intrínseca  que me faz pessoa consciente de circunstâncias, ânsias, deveres, direitos, ideais, posições, preposições, proposições e pretensões políticas e práticas de meus contemporâneos e de mim próprio, definitivamente  consciente da necessidade de participação e interdependência coletiva, despertando à consciência do BEM COMUM, que no ato de LER, na leitura disciplinada habitual,  intencional, propositada,  sobretudo, sem escusas ou desculpas por falta de meios,  leitura que nos  é generosamente oferecida,  posta hoje à nossa disposição, até à farta,  pelo pai, ou irmão caritativo Google, (para quem tenha internet, mas o terá sem dúvida e imprescindivelmente em sua escola em breve) que  nos  socorre,  desenvolve, esclarece,  aprofunda-nos criteriosa e proficuamente  ao conhecermos com legitimidade e discernimento o que for e,  ao ficarmos autorizados a meditar pragmática e amorosamente,  em precioso silêncio  criativo,  a  dialogar conosco mesmo, com autores e seus livros,  na santa intimidade e familiaridade do mesmo mutismo íntimo, sem interferências ou influências perturbadoras e confusas de “apedeutas”, ou inveterados incultos totais,  para edificarmos  reconfortados com a assimilação de conhecimentos longamente adquiridos ou lucidamente recusados pessoalmente em todos os quadrantes da autêntica percepção, facilitada e estimulada pela leitura perspicaz e respectivas observações,  para estruturarmos, aceitarmos o íntimo comando, para atuarmos então criativamente,  inspiradoramente em qualquer setor ou faceta das atividades e exigências intelectuais e práticas  humanas,  elaborando então  com personalidade, um pensamento próprio, o produto acabado e sofisticado do PENSAR,  uma assinalada consciência a  formar  conceitos mentais estimulados  por neurônios treinados e preparados,  esse instrumento cerebral da  memória,  razão e do discernimento,  que a leitura e pesquisa honesta nos autoriza e habilita a usar com naturalidade, sem contudo parecermos  petulantes, insolentes, pedantes, atrevidos pretenciosos, arrogantes, mas apenas  SERES  HUMANOS, dispostos com genuína e generosa vontade, capacidade, esclarecimento, humanidade,  autoridade legítima  reconhecida, a contribuir à civilização, aos altruísticos ideais republicano-democráticos de estimulante e familiar convivência, Liberdade, igualdade, fraternidade,  sem perder o rumo nem o cimo, a humildade e intencionalidade a formar razão transcendente, a tomar uma posição fundamentada, a dar testemunho, a exemplificar, embora eventualmente com necessária veemência,  a lutar o “BOM COMBATE”, a ver com naturalidade e bondade o bem a ser preservado e a separar do trigo o joio deletério e imprestável.  LER PARA SER!!!

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