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Publicado: Quinta-feira, 9 de agosto de 2012

IBGE prevê safra de grãos 2,0% maior que recorde

IBGE prevê safra de grãos 2,0% maior que recorde

A sétima estimativa da safra nacional de cereais, leguminosas e oleaginosas (caroço de algodão, amendoim, arroz, feijão, mamona, milho, soja, aveia, centeio, cevada, girassol, sorgo, trigo e triticale) indica produção da ordem de 163,3 milhões de toneladas, em 2012, 2,0% superior à obtida em 2011 (160,1 milhões de toneladas) e 1,6% maior do que a estimativa de junho, de acordo com o divulgado pelo IBGE.

A área a ser colhida em 2012, de 49,4 milhões de hectares, apresenta acréscimo de 1,5% frente à área colhida em 2011 e redução de 0,1% frente a junho.

As três principais culturas (arroz, milho e soja), que somadas representam 91,0% da produção de cereais, leguminosas e oleaginosas respondem por 84,7% da área a ser colhida. Em relação ao ano anterior o arroz apresenta uma redução na área de 13,3%, o milho um acréscimo de 9,6% e a soja acréscimo de 3,7%. No que se refere à produção, a do milho é 27,0% maior, enquanto a de arroz e soja sofreram redução de respectivamente, 14,9% e 12,2%, quando comparados a 2011.

Entre as Grandes Regiões, o volume da produção destes grãos apresenta a seguinte distribuição: Centro-Oeste, 69,8 milhões de toneladas; Sul, 56,7 milhões de toneladas; Sudeste, 19,1 milhões de toneladas; Nordeste, 13,2 milhões de toneladas e Norte, 4,5 milhões de toneladas. Comparativamente à safra passada, são constatados incrementos nas Regiões Norte de 2,2%, Sudeste de 11,3% e Centro-Oeste de 24,4% e decréscimos nas Regiões Sul de 16,4% e Nordeste de 9,4%. Entre as Unidades da Federação, o Mato Grosso lidera como maior produtor nacional de grãos, com uma participação de 24,7%, seguido pelo Paraná, com 19,3% e Rio Grande do Sul, com 12,1%, estados estes que somados representam 56,1% do total nacional.

Dentre os vinte e seis produtos selecionados, treze apresentam variação positiva na estimativa de produção em relação ao ano anterior: algodão herbáceo em caroço (4,9%), amendoim em casca 1ª safra (25,6%), aveia em grão (13,5%), batata-inglesa 3ª safra (1,3%), café em grão-arábica (16,2%), café em grão - canephora (8,5%), cebola (2,0%), cevada em grão (15,6%), feijão em grão 2ª safra (6,5%), feijão em grão 3ª safra (0,0%), laranja (0,3%), milho em grão 2ª safra (71,8%) e triticale em grão (3,6%). Com variação negativa são treze produtos: amendoim em casca 2ª safra (29,8%), arroz em casca (14,9%), batata-inglesa 1ª safra (7,8%), batata-inglesa 2ª safra (20,1%), cacau em amêndoa (3,7%), cana-de-açúcar (7,6%), feijão em grão 1ª safra (36,2%), mamona em baga (61,4%), mandioca (1,9%), milho em grão 1ª safra (2,0%), soja em grão (12,2%), sorgo em grão (0,6%) e trigo em grão (7,9%).

Destacam-se as variações mensais nas estimativas de produção, comparativamente ao mês de junho, dez produtos: algodão herbáceo (+0,9%), aveia em grão (+1,1%), café em grão arábica (-0,3%), café em grão canephora (-1,1%), cevada em grão (+1,2%), feijão em grão 2ª safra (-1,4%), feijão em grão 3ª safra (-0,7%), milho em grão 1ª safra (-0,9%), milho em grão 2ª safra (+7,7%) e sorgo em grão (+5,5%).

Os próximos levantamentos da produção agrícola trarão informações sobre as culturas permanentes e darão continuidade ao acompanhamento da colheita das segunda e terceira safras de algumas culturas temporárias, além das culturas anuais de inverno que, por força do calendário agrícola, têm parte de suas estimativas ainda baseadas em projeções.

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