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Publicado: Terça-feira, 24 de julho de 2012

IPCA-15 de julho sobe em 0,33%

IPCA-15 de julho sobe em 0,33%

Segundo IBGE, o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo 15 (IPCA-15) teve variação de 0,33% em julho, superior à taxa de 0,18% de junho. Com isso, o acumulado no ano ficou em 2,91%, abaixo de igual período de 2011 (4,20%). Na perspectiva dos últimos 12 meses, o IPCA-15 ficou em 5,24%, acima dos 12 meses imediatamente anteriores (5,00%). Em julho de 2011, a taxa havia sido de 0,10%.

Alimentação e bebidas e despesas pessoais foram os grupos que apresentaram as maiores taxas no mês. Os alimentos continuaram subindo, passando dos 0,66% de junho para 0,88% em julho. Com impacto de 0,20 ponto percentual, ficaram com 61% do índice, a maior parte. O clima adverso prejudicou a lavoura de diversos produtos, destacando-se o tomate, cujos preços já haviam subido 19,48% em junho e ficaram 29,30% ainda mais altos em julho. Em função do clima, outros alimentos tiveram aumentos expressivos, a exemplo da cenoura (de -1,11% para 13,63%) e da batata inglesa (de 6,70% para 11,78%). Destaca-se, também, o pão francês, que apresentou variação de 1,67% em julho contra 0,14% em junho. A alta vem sendo atribuída a aumentos nos custos dos insumos, especialmente o trigo.

No grupo das despesas pessoais o resultado foi 0,92% em julho, a maior alta de grupo no mês, enquanto junho havia ficado em 0,34%. O destaque foi o item “empregado doméstico”, registrando variação de 1,37% ante 0,60% no mês anterior. Empregado doméstico e tomate constituíram-se nos maiores impactos individuais no IPCA-15 de julho, com 0,05 ponto percentual cada. Assim, os não alimentícios, que haviam apresentado variação de 0,04% em junho, passaram para 0,16% em julho.

Observa-se que, dos nove grupos de produtos e serviços pesquisados, três deles mostraram menor ritmo de crescimento de preços de um mês para o outro: habitação (de 0,53% em junho para 0,41% em julho), vestuário (de 0,66% para 0,39%) e saúde e cuidados pessoais (de 0,43% para 0,37%).

Nos demais grupos, o resultado foi maior quando comparado ao mês anterior. Mesmo nos transportes, que, embora com -0,59%, apresentou queda menos intensa do que a de 0,77% registrada em junho. Isto porque os preços dos automóveis novos, que tiveram queda de preços de 3,50% em junho sob influência da redução do IPI, apresentaram variação de –2,47% em julho. Já os usados, ficaram com taxas próximas (-2,62% em junho e –2,45% em julho).

Quanto aos índices regionais, o maior foi o de Porto Alegre (0,63%), onde a alta do grupo alimentação e bebidas chegou a 1,66%. Houve influência, também, dos itens empregado doméstico (1,86%), aluguel residencial (1,09%) e taxa de água e esgoto (1,15%), que teve reajuste de 5,32% a partir de 1º de julho. O menor foi o de Fortaleza (0,09%), influenciado pela energia elétrica (-5,81%), reflexo da redução nos valores do PIS/COFINS/PASEP.

Para o cálculo do IPCA-15, os preços foram coletados no período de 14 de junho a 13 de julho de 2012 (referência) e comparados com aqueles vigentes de 15 de maio a 13 de junho de 2012 (base). O indicador refere-se às famílias com rendimento de 1 a 40 salários mínimos e abrange as regiões metropolitanas do Rio de Janeiro, Porto Alegre, Belo Horizonte, Recife, São Paulo, Belém, Fortaleza, Salvador e Curitiba, além de Brasília e Goiânia. A metodologia utilizada é a mesma do IPCA; a diferença está no período de coleta dos preços.

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