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Publicado: Quarta-feira, 21 de setembro de 2011

A boa escola em São Paulo é a que viola a lei

 

Muito comum pessoas dizerem que escola boa é a de antigamente. Os alunos morriam de medo de tudo. Os professores podiam usar a palmatória e que bater em criança não as faz virar bandido quando adulto.

Um argumento equivocado se vermos que o mundo de hoje, mergulhado na corrupção, na miséria moral e nas drogas é fruto de uma educação violenta. Aliás é deseducação e que não forma cidadão consciente para a vida.

Votamos em palhaços. Votamos em ladrão e aceitamos a corrupção como inevitável. Não temos nem a consciência mínima do dever cívico. Tão desconsiderados que fomos e tão mal educados que vem a democracia e não sabemos usar nem essa arma tão poderosa que é o voto.

A imprensa, quarto poder, também não tem.

Imprensa livre informa e forma consciência. Elege e depõe presidentes, ainda não saiu da vala comum de achar que escola boa é a escola que reprime o sagrado direito do aluno, que é o direito da opinião e expressão, só para citar um pequeno exemplo.

Endeusam professores em prejuízo do educador. Demonizam aluno e os responsabilizam pelo fracasso da escola.

Agora divulgam duas escolas autoritárias brutais. A direção de uma delas, a Escola Ezequiel de Souza em Taubaté, SP, numa entrevista ao IG, conta como burla a lei : ela não suspende aluno, que é proibido. Ela “convida” o aluno a ficar em casa.

Qualquer coisa (dita por ela), qualquer coisa ela faz Boletim de Ocorrência. Chama constantemente os pais na escola, desconsiderando que pais são trabalhadores e que não estão a disposição dela.

Uma sucessão de falta de respeito a todos, pais e alunos. Uma arrogância de quem se acha autoridade uma senhora feudal que faz as suas próprias leis, e ai de quem não obedecer.

Outra escola é na periferia de São Paulo. Parelheiros é a região mais pobre do estado. Um lugar onde as queixas de violação de direito de pais e alunos, são montanhas de papeis que ficam de gabinete em gabinete e não dão em nada. Faltam vagas e fecham escolas.

A E.Carlos Cathony é uma escola excludente, onde só faz exame do Enem poucos alunos.

Obriga a uso de uniforme e os vende. Uma das violações da lei, que diz ser proibido a obrigatoriedade do uso de uniforme em escola pública. Uma escola que não respeita a lei, que tipo de cidadão estará formando ?
Não incomoda tanto a escola ser hostil, autoritária, violar as leis e dar péssimos exemplos.

Mais do que escola que DEFORMA cidadão, é ver veículos de informação, como o Diário de São Paulo e o IG, divulgar e elogiar essas escolas.

Queremos, precisamos de uma imprensa livre. A imprensa livre é um dos pilares importantes da democracia, mas a imprensa de São Paulo, precisa acordar.

Sem imprensa comprometida com a educação, uma imprensa que entenda que aluno é prioridade, nada feito…

Valorizar o educador não é tratar o professor como santo abnegado ou herói que está fazendo um grande favor ao povo.

Só teremos um pais próspero com educaçao e para isso a imprensa é peça chave.

Fundamental que a imprensa não valorize escola autoritária, excludente.

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