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Publicado: Terça-feira, 30 de junho de 2009

Twitter: a grande plataforma global de comunicação

Twitter: a grande plataforma global de comunicação
Impressionante como os veículos de conteúdo ainda reproduzem na Web o que fariam no impresso ou na televisão. O descompasso com a hipermídia e suas características 2.0 é tanto que fica até engraçado.

Na morte do Papa João Paulo II, nos atentados de Madri e metrô de Londres, na rebelião no Irã e agora

no adeus a Michael Jackson, a mídia online mostra sua força e agilidade nas mensagens, nos vídeos caseiros, no Twitter (grande vedete) e em sites como o TMZ, que furou todo mundo e não teve o devido crédito por horas.
 
Globo.comDá até desgosto capturar as coberturas dos grandes veículos. O Google precisou bloquear por algumas horas a tag 'Michael Jackson' devido ao imenso volume de buscas por notícias sobre a morte do cantor no dia 25. O mesmo aconteceu com a enciclopédia colaborativa Wikipedia e com o Twitter, que aumentou em 50% seu fluxo de postagens.
 
RollingStoneNo dia 26, por exemplo, além da tag #michaeljackson liderarou as conversas no Twitter, por volta das 15h30, #forasarney contabilizava 110 posts no Twitter num único minuto. Em uma hora foram mais de 10 mil mensagens postadas sobre o tema.
 
“Teerã está escura e fria nessa noite. Estou ouvindo gritos. Assustador”. Sábado, 13 de junho de 2009. Um internauta identificado como Mohamad Reza descreve para o mundo (pelo twitter) o clima sombrio que paira sobre a capital do Irã no dia seguinte às eleições presidenciais no país.
 
New York TimesBatizado de rebelião 2.0, talvez a primeira da história, o movimento que levou milhões as ruas de Teerã contra Ahmadinejad, fez do Twitter sua grande plataforma, já que jornais, TVs e rádios estavam censuradas sob o controle estatal.
 
EstadãoNum país de 70 milhões de pessoas, sendo 23 milhões com acesso à rede e 45 milhões com telefones celulares, os protestos deixaram o Irã exposto ao mundo. Para Brian Stelter e Brad Stone, do New York Times, as “câmeras de celulares, as contas no twitter e toda a parafernália da internet mudaram o antigo cálculo de quanto poder os governos realmente têm”. Eu acrescentaria: também mudaram o antigo cálculo de quanto poder têm os veículos de imprensa.
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