Tradição e futuro
Com a proximidade do final de mais um ano, e a consciência da velocidade com que o tempo vem passando, é inevitável que façamos um balanço de tudo que temos visto e vivido.
Na foto ao lado, na Espanha, vê-se uma cena interessante: muralhas de um castelo medieval que se situa no alto de uma montanha e uma escola de educação fundamental e média.
A muralha está em ruínas e a escola é nova e muito bem aparelhada.
Isso nos leva a refletir sobre algumas questões de vital importância para os educadores do Brasil: tradição e futuro.
As escolas ditas tradicionais estão em processo de desgaste e poderão em breve se tornar ruínas se não atentarem para o que está se passando ao seu redor.
O mercado de hoje, globalizado e informado, demanda outro modelo de escola, melhor aparelhada física e pedagogicamente, e que prepare efetivamente o aluno para o futuro que o espera.
Hoje, ter um diploma não garante nada a ninguém. Mesmo um mestrado já não é tão valorizado, e, a cada dia que passa, é maior a disponibilidade de doutores. A educação formal, sem dúvida alguma, ajuda, mas será que no futuro esse modelo prevalecerá?
Uma coisa é certa: formação e desenvolvimento pessoal sempre ajudaram e continuarão a desempenhar papel diferenciador de performance na vida das pessoas.
A escola que tem compromisso de formação das futuras gerações deve priorizar a capacitação do indivíduo.
Devemos ter como objetivo primeiro, em nosso sistema educacional, desenvolver plenamente as habilidades individuais das crianças, tornando-as aptas a tomar decisões.
Será, sem dúvida, gratificante saber que as crianças que educamos hoje serão pessoas felizes e capazes de decidir seus destinos no futuro com ética e responsabilidade – ingredientes que estão em falta no mundo atual.
Uma escola vive da reputação que constrói a cada dia, e não mais de uma tradição baseada no passado. A velocidade da informação pode mudar conceitos rapidamente.