Colunistas

Publicado: Quinta-feira, 2 de julho de 2015

Você cria seu filho para você ou para o mundo?

Crédito: Banco de imagens Você cria seu filho para você ou para o mundo?

Quem nunca pensou sobre isto ou ouviu esta pergunta vinda de alguém próximo? Dura tarefa pensar que se cria o filho para o mundo, mas esta é a mais pura realidade, principalmente porque não somos eternos e a sequência natural da vida é eles continuarem a caminhada, um dia, sem nos ter por perto.

É difícil se ter esta visão realista principalmente porque pais e mães são totalmente emoção quando o assunto é “filho”. Cada um tem a sua própria receita para educar, para repreender, incentivar, elogiar, mas, quando o assunto é criar para o mundo, há um consenso.

E qual será o melhor momento para entregar o filho para o mundo? Quando deverei ficar à distância? Estes questionamentos são delicados e quem quiser responder que fique à vontade.

Acredito que a superproteção é um grande inibidor para que o filho consiga se posicionar na sociedade. A criança que é superprotegida acaba se tornando um adolescente/adulto inseguro e temeroso diante de determinados fatos. O ato de enfrentar as situações-problema faz parte do crescimento e gera autoconfiança. É claro que os pais podem e devem aconselhar, porém quem tem que agir é o filho. Se no momento em que estiver enfrentando o problema, a situação se afastar do “previsto”, o filho terá que ter iniciativa para resolvê-la. Quando o filho vier compartilhar com os pais a sua atitude, a reação de estímulo será determinante para o sucesso das próximas ações.

O ato de “soltar” os filhos gradativamente sempre com orientações responsáveis é um aprendizado para a vida. Quando a criança vai pela primeira vez a uma saída pedagógica promovida pela escola é uma permissão dolorida e preocupante para os pais, pois estarão completamente fora do alcance da criança. É neste momento que as orientações são fundamentais para que a criança se sinta segura para agir em caso de necessidade. O mesmo acontece quando a criança vai pela primeira vez na padaria sozinha, ou ao cinema com os pais da coleguinha, ou dormir na casa da avó e em tantas outras situações. Se ele aprende a se comportar de forma segura desde o início, quando crescer poderá acampar, viajar com os amigos, que os pais terão plena certeza de que o filho(a) estará se comportando de forma segura e responsável.

Incentivar a segurança em si mesmo é fundamental para que ele não se deixe influenciar pelas instigações daqueles que adoram colocar o outro em situação de risco. Este tipo de “colega espertalhão” percebe quando o adolescente é inseguro e o provoca para que beba além da conta, para que acelere o carro mais do que o permitido e tantas outras ações que acabam sempre em resultados desastrosos.

É através do educar que os pais fornecem subsídios para que o filho tenha discernimento para tomar suas decisões da forma mais sensata e segura possível. É bom lembrar que o exemplo dos pais é uma das maiores referências na formação de valores dos filhos.

E você, como convive com a ideia de criar seu filho(a) para o mundo?

Comentários