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Publicado: Sexta-feira, 20 de junho de 2008

Vida Versada de Dom Gabriel

Já se vão quase dez anos desde que participei daquele concurso literário em homenagem a Dom Gabriel Paulino Bueno Couto. O evento fazia parte da tradicional “Semana Dom Gabriel”, criado através de projeto do diácono e vereador Reginaldo de Castro a fim de manter viva entre os ituanos a figura do primeiro bispo da Diocese de Jundiaí.
 
Sem pretensão alguma, resolvi participar do concurso. Mas não queria fazer um texto, pois ainda não conhecia muito bem a biografia do homenageado. Decidi então, baseado em um resumo biográfico, escrever uns versinhos.
 
Acabei tendo o meu poema escolhido como o melhor trabalho apresentado e recebi das mãos de Dom Amaury Castanho (que naquele tempo era bispo coadjutor e nem me conhecia ainda) uma medalha de “honra ao mérito”, entregue em missa na Matriz da Candelária.
 
Dia 22 de junho, se comemora o aniversário de Dom Gabriel. A título de curiosidade, mas também para homenagear nosso primeiro bispo novamente, transcrevo aos leitores os meus humildes versinhos, que levam como título: “Vida Versada de Dom Gabriel”.
 
 
Nosso homenageado,
Ilustre cidadão,
Foi o feliz resultado
De uma grande união.
 
 
Vinte e dois foi o dia
Junho foi o mês
1910 foi o ano.
Nessa data, com alegria,
Sua família recebia
Mais um filho ituano.
 
 
Estudou em sua terra
Sempre com Deus no coração.
E no Seminário Carmelita
Assumiu sua vocação.
 
 
Jovem para Roma partiu
E na Itália Teologia cursou.
A Pontifícia Universidade Gregoriana
Durante os estudos freqüentou.
 
 
O tempo passou e passou.
Nosso jovem não desistiu.
Até que em 1931
Seus votos perpétuos emitiu.
 
 
No dia nove de julho
De 1933
O presbiterato foi-lhe concedido
Para sempre e de uma vez.
 
 
Depois continuou em Roma
E para casa não retornou.
Servindo a Ordem Carmelitana
Dezessete anos ficou.
 
 
Em quinze de dezembro
Algo de fenomenal:
Eleito bispo, foi sagrado
Auxiliar de Jaboticabal!
 
 
Mas por motivos de saúde,
Foi transferido, assim o é.
Saindo de Jaboticabal
Foi Auxiliar de Taubaté.
 
 
O Cardeal Agnelo Rossi
O bispo ituano conheceu
Pois o ajudara na PUC-SP
Sendo um auxiliar seu.
 
 
Em 5 de janeiro de 1967
Mais um fato alegre temos aqui
Sendo então Papa, Paulo VI
Nomeou-o Bispo de Jundiaí.
 
 
Assim o menino saído de Itu,
Que percorreu o mundo inteiro,
Voltou para ser bispo diocesano
E de Jundiaí foi o primeiro.
 
 
Exerceu o episcopado
Até 1982
Falecendo em 11 de março
Deixou-nos todos e se foi.
 
 
Apesar da saúde frágil
Sua dedicação se mostrou
Quando o Seminário Maior
Para a Diocese criou.
 
 
Entregou-se com ardor
À sua bela missão.
E os seus deveres cumpriu:
Jovens ou velhos,
Crianças e adultos,
A todos mesmo ele ouviu.
 
 
Era um homem de valor.
De um coração sem tamanho.
Era mesmo o fiel Bom Pastor.
Que dava a vida pelo rebanho.
 
 
Deixou-nos obras escritas,
Dignas da nossa atenção.
Sendo a mais importante
“O Homem e a Sua Realização”
 
 
Nas suas obras emerge
Um conceito que delas emana
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