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Publicado: Quinta-feira, 12 de agosto de 2010

Uma volta pela cidade

Nos mais de cinquenta anos de presença na mídia, a coluna sempre se posicionou sobre o andamento da cidade, com respeito, coragem e franqueza. Às vezes, sob efeito de tentativas de reprimendas, pelos que – direito afinal de todos – não concordavam. Se algo existiu para se lamentar, é o de que a constante dos reclamos residiu muito mais no inquestionável descompasso da evolução local perante as comunas vizinhas. Itu ficou para trás.

As benfeitórias meritórias, quando houve, foram ressaltadas. Nunca no entanto elas surgiram, na forma e na quantidade, comos sinais de continuidade e avanço, a se constituírem em alça de apoio para um caminho planificado de desenvolvimento em todas as áreas.

E agora, no hoje, presentemente, o que se falar sobre Itu?

Não ignora ninguem de que por aí, nas ruas e nas esquinas, perde-se a conta das verdades e boatos que se contam. Sem entrar no mérito das justificativas, dos porques e comos, do partidarimo político e a que custo se operam esses trabalhos, existem aí para todo mundo ver evidências irretorquíveis. Talvez até se mencionem serviços iniciados anteriormente.

Não se saiu a campo para coletar uma a uma as obras realizadas e sequer é o momento de se dize-las bem feitas ou mal acabadas. Elas existem e pronto.

A recuperação da avenida Octaviano Pereira Mendes (Marginal) e, numa mesma apreciação, o anel viário que lhe aliviou o fluxo de caminhões pesados. Daqui para a frente, resta apenas que as casas comerciais se aprimorem nas suas fachadas e imitem as que já se estabeleceram com um visual decente, - eis que aquele logradouro serve de cartão de visita aos viajantes que apenas transitem por Itu.

Os esperados e prometidos portais de entrada, de gosto duvidoso para uns, mas que enfim foram edificados. A “Nova Ponte” que finalmente substituiu a velha “Ponte Nova”, esta, cujo funil ceifou vidas em grande número.

A recapagem das avenidas Eugene Wissman, com rotatória de interligação à Ernesto Francisco Fávero, também recoberta.

O faz e desfaz da avenida Caetano Ruggieri (quanta despesa!), agora, aparentemente, em fase definitiva. Tomara.

A semi pronta avenida Galileu Bicudo.

A reconstrução – exatamente assim, “reconstrução” de uma via que ruiu apenas feita, - o acesso atual pela estrada do Varvito.

Uma enorme gama de edificações e melhorias no bairro (bairro?)  Cidade Nova, que nasceu de inspiração eleiçoeira e por isso sem infra estratrutura alguma.  Eventualmente, numa análise econômica, fator de desequilíbrio na repartição do bem público entre onde se arrecade e no que se aplique. De qualquer modo, na atualidade, uma natural e humana preocupação do município como um todo, justamente numa área de que provém parcos recursos para uma elevada e justa carência de seus moradores.

Nestes dias, pela cidade toda, aplicação de camada asfáltica por sobre os paralelepípedos do restante das ruas ainda não servidas dessa melhoria.

O objetivo deste enfoque, há de se repetir e deixar bem claro, é o de consignar que de alguma forma Itu toma aos poucos visual diferenciado. Há muito e muito ainda por se fazer.

O breve apanhado, como se deduz facilmente, tampouco tem caráter exaustivo e hão de existir certamente providências outras, da mais variada natureza.

Não há como, de outro lado, aplicar-se-lhe rótulo de propaganda eleitoral ou de simpatia política. Não se insere absolutamente, no mérito ou na da linha ideária de qualquer pessoa comum ou investida de autoridade civil ou política.

O resultado de uma coleta visual, se preferirem, de uma volta por alguns pontos da cidade.

Cumpre-se tão somente o norte das tantas crônicas do passado, ciosas no mais das vezes, pelas próprias e evidentes circunstâncias, do marasmo de tantos anos e ao mesmo livre e consciente quando fosse para reconhecer o que de bom se faça por Itu.

Questão em suma de pura coerência jornalística, de se enxergar sempre, olhos bem abertos, tanto para o descaso como para as providências úteis.

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