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Publicado: Sexta-feira, 28 de outubro de 2011

Últimas da Economia Nacional e Internacional

Últimas da Economia Nacional e Internacional


A taxa de desemprego ficou estável pelo segundo mês consecutivo em setembro, em 6,0%, de acordo com a Pesquisa Mensal de Emprego (PME), divulgada ontem pelo IBGE. Já o Índice Geral de Preços – Mercado (IGP-M) variou 0,53%, em outubro. Em setembro, o índice avançou 0,65%. Em 12 meses, o IGP-M elevou-se 6,95%. A taxa acumulada no ano é de 4,70%.

O Índice de Preços ao Produtor Amplo (IPA) apresentou taxa de variação de 0,68%. No mês anterior, a taxa foi de 0,74%. O índice relativo aos Bens Finais variou -0,05%, em outubro. Em setembro, este grupo de produtos mostrou elevação de 0,31%. Contribuiu para a desaceleração o subgrupo alimentos processados, cuja taxa de variação passou de 0,82% para 0,35%. Excluindo-se os subgrupos alimentos in natura e combustíveis, o índice de Bens Finais (ex) registrou variação de 0,11%. Em setembro, a taxa foi de 0,29%.

O índice referente ao grupo Bens Intermediários variou 0,92%. Em setembro, a taxa foi de 0,13%. O subgrupo materiais e componentes para a manufatura registrou acréscimo em sua taxa de variação, que passou de 0,11% para 0,75%, sendo o principal responsável pela aceleração do grupo. O índice de Bens Intermediários (ex), calculado após a exclusão do subgrupo combustíveis e lubrificantes para a produção, variou 0,99%, ante 0,16%, em setembro.

No estágio inicial da produção, o índice de Matérias-Primas Brutas variou 1,18%, em outubro. Em setembro, o índice registrou variação de 2,04%. Os principais responsáveis pela desaceleração do grupo foram os itens: soja (em grão) (5,92% para -1,83%), café (em grão) (10,58% para 1,64%) e aves (1,95% para -1,08%). Ao mesmo tempo, registraram-se acelerações em itens como: minério de ferro (3,36% para 5,54%), suínos (-7,77% para 5,54%) e mandioca (aipim) (8,23% para 13,82%).

O Índice de Preços ao Consumidor (IPC) apresentou variação de 0,26%, em outubro. Em setembro, a variação foi de 0,59%. Quatro das sete classes de despesa componentes do índice registraram decréscimo em suas taxas de variação, com destaque para Alimentação (0,95% para -0,09%). Os itens que mais influenciaram a taxa desta classe de despesa foram: frutas (6,42% para -0,85%), hortaliças e legumes (-2,74% para -5,92%) e carnes bovinas (1,71% para 0,86%).

Também apresentaram decréscimo em suas taxas de variação os grupos: Vestuário (1,36% para 0,74%), Saúde e Cuidados Pessoais (0,60% para 0,38%) e Transportes (0,19% para 0,00%). Nestas classes de despesa, vale destacar o comportamento dos preços dos itens: roupas (1,56% para 0,93%), artigos de higiene e cuidado pessoal (0,37% para 0,03%) e álcool combustível (2,11% para -0,20%), respectivamente.

Em contrapartida, apresentaram avanço em suas taxas de variação os grupos: Habitação (0,47% para 0,61%), Despesas Diversas (0,15% para 0,25%) e Educação, Leitura e Recreação (0,19% para 0,21%). Nestes grupos destacam-se os itens: taxa de água e esgoto residencial (1,31% para 2,14%), alimento para animais domésticos (-0,01% para 1,96%) e passagem aérea (3,90% para 7,20%), respectivamente.

O Índice Nacional de Custo da Construção (INCC) registrou, em outubro, variação de 0,20%, acima do resultado de setembro, de 0,14%. A taxa do grupo Serviços recuou de 0,42% para 0,34%, enquanto a do grupo Mão de Obra avançou de 0,01% para 0,16%. O índice relativo ao grupo Materiais e Equipamentos repetiu a taxa apurada no mês anterior, de 0,23%.

No que tange a economia mundial, esta permanece em cenário de baixo dinamismo. Nos EUA foram divulgados indicadores conflitantes, com os dados mais recentes de vendas no varejo, criação de empregos e produção industrial, todos de setembro, apresentando alguma recuperação, enquanto o índice de confiança do consumidor da Universidade de Michigan/Thomson Reuters de setembro e o preliminar para outubro registraram novos declínios e a renda real disponível registrou perdas em julho e agosto. O mercado imobiliário, por sua vez, permanece deprimido. Na Zona do Euro, as perspectivas para a atividade econômica são cada vez mais negativas, inclusive pelas possibilidades de eclosão de problemas fiscais e bancários. Embora a produção industrial tenha assinalado elevação mensal de 1,2% em agosto, o PMI para a indústria manufatureira registrou 48,5 em setembro, o menor patamar desde outubro de 2009, sinalizando retração no setor. As vendas no varejo, em agosto, registraram recuo mensal de 0,2%, enquanto o índice de sentimento econômico, calculado pela Comissão Europeia, para o mesmo mês, apresentou declínio expressivo. No Japão, o setor exportador parece perder vigor, sob os impactos da desaceleração da economia global, da apreciação do iene e das restrições de energia do país. Na China, a atividade econômica permanece em suave desaceleração, com a variação trimestral do PIB no terceiro trimestre registrando crescimento de 2,3%, ante alta de 2,4% no trimestre anterior. No acumulado do ano até setembro, o PIB registrou crescimento de 9,4% ante o mesmo período de 2010, ano em que a atividade econômica cresceu 10,4%.

Consideradas as elevadas incertezas na economia global, os mercados financeiros operaram em ambiente de forte volatilidade. A percepção de risco manteve-se elevada, refletindo o agravamento da situação fiscal de países europeus, os receios de novo mergulho recessivo na Zona do Euro e nos EUA e as desconfianças sobre a solvência do sistema bancário europeu, o que resultou em importantes perdas nos principais mercados acionários, sobretudo no segmento financeiro. No entanto, a divulgação de indicadores acima do esperado nos EUA e o anúncio, por autoridades europeias, da elaboração de plano para recapitalização do seu sistema bancário proporcionaram redução na percepção de risco, levando o Chicago Board Options Exchange Volatility Index (VIX), a ser negociado, em 14 de outubro, abaixo do patamar de trinta pontos pela primeira vez desde o início de agosto. Assim, não obstante rebaixamentos das notas de crédito de países europeus e de alguns bancos, ocorridos desde a última reunião do Copom, as principais bolsas reverteram parcialmente, nas duas primeiras semanas de outubro, as perdas incorridas desde o início de agosto. Ressalte-se que os desenvolvimentos no mercado da dívida na Europa continuam sendo determinantes para a evolução dos mercados financeiros.

Os preços internacionais das commodities, principalmente metálicas, registraram reduções significativas desde a última reunião do Copom, reagindo à piora na perspectiva para a economia mundial, ao aumento da aversão ao risco nos mercados financeiros e à conseqüente valorização da moeda norte-a

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