Todos podem voltar
XI DOMINGO DO TEMPO COMUM
Liturgia do Ano “C”. Junho, 16, 2013
Evangelho (Lucas, 7,36-83)
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“” Naquele tempo, um fariseu covidou Jesus para uma refeição em sua casa. Jesus entrou na casa do fariseu e pôs-se à mesa.
Certa mulher, conhecida na cidade como pecadora, soube que Jesus estava à mesa, na casa do fariseu. Ela trouxe um frasco de alabastro com perfume e, ficando por detrás, chorava aos pés de Jesus; com as lágrimas começou a banhar-lhe os pés, enxugava-os com os cabelos, cobria-os de beijos e os ungia com perfume.
Vendo isso, o fariseu que o havia convidado ficou pensando: “Se este homem fosse um profeta, saberia que tipo de mulher está tocando nele, pois é uma pecadora”.
Jesus disse então ao fariseu:
“Simão, tenho uma coisa para te dizer”.
Simão respondeu: “Fala, mestre!”
Certo credor tinha dois devedores; um lhe devia quinhentos moedas de prata, o outro, cinquenta. Como não tivessem com que pagar, o homem perdoou os dois. Qual deles o amará mais?”
Simão respondeu: “Acho que é aquele ao qual perdoou mais”.
Jesus lhe disse:
“Tu julgaste corretamente”.
Então Jesus virou-se para a mulher e disse a Simão:
“Estás vendo esta mulher? Quando entrei em tua casa, tu não me ofereceste água para lavar os pés; ela, porém, banhou meus pés com lágrimas e enxugou-os com os cabelos. Tu não me deste o beijo de saudação; ela, porém, desde que entrei, não parou de beijar meus pés. Tu não derramaste óleo na minha cabeça; ela, porém, ungiu meus pés com perfume. Por esta razão, eu te declaro: os muitos pecados que ela cometeu estão perdoados, porque ela mostrou muito , portantoamor. Aquele a quem se perdoa pouco mostra pouco amor”.
E Jesus disse à mulher:
“Teus pecados estão perdoados.
Então, os convidados começaram a pensar: “Quem é este que até perdoa pecados?”
Mas Jesus disse à mulher:
“Tua fé te salvou. Vai em paz!”
Depois disso, Jesus andava por cidades e povoados, pregando e anunciando a boa-nova do reino de Deus.
Os doze iam com Ele; e também algumas mulheres que haviam sido curadas de maus espíritos e doenças: Maria, chamada Madalena, da qual tinham saído sete demônios; Joana, mulher de Cuza, alto funcionário de Herodes; Susana e várias outras mulheres que ajudavam que ajudavam Jesus e aos discípulos com os bens que possuíam. “”
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As costumeiras reflexões semanais, a anterior e esta, meras e ligeiras pinceladas em torno dos evangelhos, atrasaram-se em vir a público, por razão de força maior. Acontece.
Ao retomá-las, tem-se pela frente um texto mais longo, de um acontecimento extraordinário, a demonstrar que o primeiro juízo que se faça do semelhante quase sempre é precipitado e, por isso, equivocado. Falar ou pensar mal de outrem sem saber, por que afinal?
O anfitrião, no caso, era Simão. Madalena, mulher de muitos, talvez até uma partícipe comum, de festas dos poderosos.
Entretanto aquele não dispensara a Jesus nenhuma das deferências habituais em uso naquela terra a quaisquer convidados ou visitantes. Maria, sem se oferecer, até pelas costas de Jesus, demonstrou vivo arrependimento de sua situação e deu-lhe todas as atenções. Uma diferença vital entre a conduta de um e outra, Simão e ela.
Proclama Jesus então, naquela hora, com suas palavras, que o arrependimento e a contrição perfeita superam em muito qualquer natureza ou volume de culpas.
Nunca se duvide da certeza do perdão.
Todos podem voltar à casa do Pai.
João Paulo