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Publicado: Quinta-feira, 11 de novembro de 2010

Todos e todas

Croniqueta.

Viu-se esta palavra, pretenso diminutivo do vocábulo crônica, em algum lugar, não se sabe quando.

Resta conferir se, assim expressa, haveria referência a um possível pequeno tamanho dela ou, talvez, para dizer dela, da crônica, ter sido mal feita.

Quanto a ser pequena na sua extensão, saiba-se logo que textos longos e cansativos não fazem jus ao título nobre que se confere a boas crônicas.

Se porém lhe tenha faltado conteúdo de maior interesse, seja debitado ao humor, eventual estado de espírito de quem escreva, naquele dia. Pode acontecer.

O vocábulo “croniqueta” aliás, sequer o contempla o “Aurélio”.

Aqui, neste espaço, procura-se pelo menos tecer crônicas como tal. Nascidas sempre de propósitos bons e aceitáveis. Mesmo quando relatem ficção ou hipóteses, porque aí estão de sobra presentes as intenções sinceras do autor, que não quer levar ninguém a perder tempo.

Tanto que, os dias estão cada vez mais curtos. O total de horas é o mesmo, contudo. Tampouco se deixe enganar pelo horário brasileiro de verão, aplaudido por uns e censurado por outros.

Essa, por exemplo, de muitas pessoas gostarem destes dias de claridade alongada e outras não, absolutamente autoriza críticas a esse expediente nacional. Exatamente porque os dias são os mesmos e o adiantado do relógio não é culpa deles. Preste atenção, pois, que o que existem são “uns e outros”. Enquanto houver diversidade de gostos e anseios, eles, somente as pessoas seriam os culpados.

De fato, são os homens diferentes entre si. Por isso que o mundo se transformou numa balbúrdia. Só falta ao homem, ainda, entender que as diferenças são algo salutar. Elas, em tese, deveriam suprir mutuamente as carências, tantas, de homens e mulheres.

Claro, anote-se em tempo que a expressão “homem”, ali atrás, não encerra nenhum sentido de machismo. É a forma usual de referência genérica à humanidade, assim compreendidos e entendidos homens e mulheres. Expressão corrente no bom vernáculo.

É que desavisados e arrivistas, frequentemente, querem se intrometer na pureza do idioma. Aí se equivocam e, muito pior, inventam.

Ignora-se de que outra fonte tenha surgido a moda que sequer soa bem, porque os dividem, de numa saudação ou prece, dizer-se: “Irmãos e Irmãs”. A criação dessa saída é tão forjada que, por pejo ou acanhamento, descuidou-se da verdadeira atenção e delicadeza ao sexo feminino. Houvesse entao prioridade às mulheres – irmãs e irmãos – construção entanto que nem assim agrada.

Senhoras e senhores de mais idade hão de se recordar que os bons Párocos em tempos saudosos, referiam-se aos fiéis com a costumeira e carinhosa saudação: Queridos irmãos. E pronto.

E para arremate: já se escuta por aí, políticos o fizeram na recente campanha, o supra sumo dos absurdos de abrirem sua fala com o impróprio – todos e todas.

Façam o favor.

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