Suprema ignomínia
DOMINGO DE RAMOS
Março, 26 – 2013 – Ano C
Evangelho (Lucas, 19, 28-40)
“” Naquele tempo, Jesus caminhava à frente dos discípulos, subindo para Jerusalém. Quando se aproximou de Betfagé e Betânia, perto do monte chamado das Oliveiras, enviou dois de seus discípulos, dizendo:
“Ide ao povoado ali. Logo na entrada encontrareis um jumentinho amarrado, que nunca foi montado. Desamarrai-o e trazei-o aqui na frente. Se alguém, por acaso, vos perguntar: ‘Por que desamarrais o jumentinho?’, respondereis assim: ‘O Senhor precisa dele.’”
Os enviados partiram e encontraram tudo exatamente como Jesus lhes havia dito. Quando desamarravam o jumentinho, os donos perguntaram: “Por que estais desamarrando o jumentinho?”
Eles responderam: “O Senhor precisa dele”.
E levaram o jumentinho a Jesus.
Então puseram os seus mantos sobre o animal e ajudaram Jesus a montar. E, enquanto Jesus passava, o povo ia estendendo suas roupas no caminho.
Quando chegou perto da descida do monte das Oliveiras, a multidão dos discípulos, aos gritos e cheia de alegria, começou a louvar a Deus por todos os milagres que tinha visto.
Todos gritavam:
“Bendito o rei, que vem nome do Senhor! Paz no céu e glória nas alturas!”
Do meio da multidão alguns dos fariseus disseram a Jesus : “Mestre, repreende teus discípulos”.
Jesus, porém, respondeu:
“Eu vos declaro: se eles calarem, as pedras gritarão”. “”
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É de se notar, de início, que durante a Semana Santa e até o Domingo de Páscoa, as leituras nas diversas solenidades estarão acrescidas de cânticos e textos vários, além daqueles usuais nas missas de preceito..
Assim é que, neste domingo, o evangelho central da liturgia, também a cargo de Lucas, é propriamente aquele constituído dos versículos de 1 a 49, do capítulo 19.
Mas, diferentemente, no Domingo de Ramos, logo após as orações inicias, entra outro evangelho, - o acima transcrito – igualmente de Lucas.
Este fala da entrada triunfal de Jesus em Jerusalém, enquanto o evangelho do dia propriamente dito, extraído do capítulo 19 como dito atrás, exibe a contraditória conduta do mesmo povo, agora a reclamar a condenação do Mestre, a ponto de ser preterido por Barrabás, malfeitor e homicida. Suprema ignomínia.
Ainda hoje, em se tratando de multidão e povo, os homens partem como num rastilho, da aclamação à condenação.
A versão da paixão, de São Lucas, por ser o evangelista central do Ano C na liturgia, tem ainda o condão de se apresentar de maneira mais objetiva e resumida.
João Paulo