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Publicado: Domingo, 24 de março de 2013

Suprema ignomínia

DOMINGO DE RAMOS

Março, 26 – 2013 – Ano C

Evangelho (Lucas, 19, 28-40)

 

“”    Naquele tempo, Jesus caminhava à frente dos discípulos, subindo para Jerusalém. Quando se aproximou de Betfagé e Betânia, perto do monte chamado das Oliveiras, enviou dois de seus discípulos, dizendo:

“Ide ao povoado ali. Logo na entrada encontrareis um jumentinho amarrado, que nunca foi montado. Desamarrai-o e trazei-o aqui na frente. Se alguém, por acaso, vos perguntar: ‘Por que desamarrais o jumentinho?’, respondereis assim: ‘O Senhor precisa dele.’”

Os enviados partiram e encontraram tudo exatamente como Jesus lhes havia dito. Quando desamarravam o jumentinho, os donos perguntaram: “Por que estais desamarrando o jumentinho?”

Eles responderam: “O Senhor precisa dele”.

E levaram o jumentinho a Jesus.

Então puseram os seus mantos sobre o animal e ajudaram Jesus a montar. E, enquanto Jesus passava, o povo ia estendendo suas roupas no caminho.

Quando chegou perto da descida do monte das Oliveiras, a multidão dos discípulos, aos gritos e cheia de alegria, começou a louvar a Deus por todos os milagres que tinha visto.

Todos gritavam:

“Bendito o rei, que vem nome do Senhor! Paz no céu e glória nas alturas!”

Do meio da multidão alguns dos fariseus disseram a Jesus : “Mestre, repreende teus discípulos”.

Jesus, porém, respondeu:

“Eu vos declaro: se eles calarem, as pedras gritarão”.    “”

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É de se notar, de início, que durante a Semana Santa e até o Domingo de Páscoa, as leituras nas diversas solenidades estarão acrescidas de cânticos e textos vários, além daqueles usuais nas missas de preceito..

Assim é que, neste domingo, o evangelho central da liturgia, também a cargo de Lucas, é propriamente aquele constituído dos versículos de 1 a 49, do capítulo 19.

Mas, diferentemente, no Domingo de Ramos, logo após as orações inicias, entra  outro evangelho, - o acima transcrito – igualmente de Lucas.

Este fala da entrada triunfal de Jesus em Jerusalém, enquanto o evangelho do dia propriamente dito, extraído do capítulo 19 como dito atrás, exibe a contraditória conduta do mesmo povo, agora a reclamar a condenação do Mestre, a ponto de ser preterido por Barrabás, malfeitor e homicida. Suprema ignomínia.

Ainda hoje, em se tratando de multidão e povo, os homens partem como num rastilho, da aclamação à condenação.

A versão da paixão, de São Lucas, por ser o evangelista central do Ano C na liturgia, tem ainda o condão de se apresentar de maneira mais objetiva e resumida.

                                                             João Paulo

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