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Publicado: Sexta-feira, 3 de agosto de 2007

Sobre o Clero - Parte Dois

Na Matriz da Candelária também tive a graça de conhecer vários diáconos. Para os que porventura ainda não saibam, “diáconos” são auxiliares diretos do bispo diocesano, ordenados por este a fim de colaborar com os sacerdotes nas atividades das paróquias.
 
O primeiro diácono que conheci foi Celso Cajado Majoral. Ele foi por 12 anos o responsável pela comunidade de jovens JACA, onde comecei minha caminhada religiosa. Seu apelido carinhoso entre nós era Tio Celso e junto com a esposa Sueli planejava as reuniões semanais e os encontros semestrais. Como um dos mais ativos no grupo de violeiros, pude perceber sempre sua prontidão em nos atender no que precisávamos. Hoje atua na comunidade da Igreja do Bom Jesus e volta-e-meia me pego a lembrar dele nas recordações da minha adolescência.
 
Conheci também o Diácono Walfrido Scavacini, que foi designado por Dom Amaury Castanho para ser o responsável pela Diaconia de São João de Deus, ligada à Pastoral da Saúde e localizada ao lado da Santa Casa de Misericórdia de Itu. É ele hoje o decano dos diáconos ituanos, oriundo das primeiras turmas diaconais formadas em nossa Diocese. É uma pessoa afável e muito bem-humorada. Sempre que me encontra trabalhando em alguma missa solene, faz questão de me dizer: “Do bispo você tira fotos... De mim, não!”. E eu dou risada, fazer o quê? Sei que é o jeito que ele achou para brincar comigo.
 
O Diácono Reginaldo Azevedo de Castro é conhecido de todos. Sempre foi ativo na Igreja, desde a juventude. Ao mesmo tempo, desenvolveu o gosto pela política e atualmente exerce mandato de vereador em nossa cidade. Obteve a confiança de Dom Roberto Pinarello de Almeida (e mais ainda de Dom Amaury) para ser um representante da Igreja no campo político.
 
Nos conhecemos durante um encontro promovido pela Renovação Carismática no Instituto Borges de Artes e Ofícios (IBAO) e dali para cá a nossa amizade se desenvolveu. Sei que é pessoa honesta e íntegra, que constituiu boa família. Acompanhei de perto suas dificuldades e tive o privilégio de presenciar algumas de suas alegrias, tanto no diaconato quanto na política. É com certeza um amigo, por quem rezo bastante. Hoje atua na Paróquia Sagrada Família, no bairro Cidade Nova, onde muitos o conheceram e aprenderam a gostar de seu jeito de ser.
 
Nem é preciso falar muito da convivência que tive com o Diácono João Antônio de Motta Navarro. Ou o “seu Navarro”, como todos o chamavam. Na ocasião de seu falecimento, em dezembro do ano passado, cheguei a escrever sobre ele em um artigo aqui publicado. Nossa convivência se aprofundou durante o período em que estive a serviço do jornal A Federação.
 
Convivência nem sempre fácil, devido às diferenças de geração e ao jeito moderno e antigo de se trabalhar no jornalismo católico. O importante é que sempre nos respeitamos e nunca nos agredimos. Admiro a inteligência que tinha e a profundidade de seus artigos, poemas e crônicas.
 
Conheço todos os diáconos da última “turma” ordenada por Dom Amaury. A todos reservo um sentimento de amizade e de sinceras orações. Por pertencer à Paróquia de Nossa Senhora da Candelária, é óbvio que estou mais próximo do Diácono José da Silva. Todos concordam que é uma pessoa nota dez, com um testemunho de vida invejável (no sentido positivo do termo). Eu o conheci por causa de seu trabalho com os Doadores da Alegria, que na Santa Casa de Itu levam conforto aos pacientes internados.
 
Poucos sabem, mas o Diácono José (ou o “seu Zé da Silva”) é também conhecido como o Mágico Ducam. Sabe truques como ninguém e é aficcionado nesse tema. Também é pessoa gentilíssima, com coração enorme. Sempre disposto a uma conversa amiga. Junto com sua esposa Rita, formam o casal que julgo ser ideal. Ambos inseridos na Igreja, completam-se. Por causa de tanta simpatia, tenho pelo Diácono José a maior estima. Digna mesmo de ser comparada à afeição paterna. É realmente um homem de Deus, na mais perfeita acepção da palavra.
 
Os escritos sobre o nosso clero continuam na próxima semana.
 
Amém.
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