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Publicado: Terça-feira, 23 de junho de 2009

Sobre a fragilidade

O que é a fragilidade senão a espera pelo olhar que acolhe, e a pressão de um piscar de olhos enquanto um abraço lhe envolve o espírito?

O que seria a dúvida então, senão um espelho embaçado, onde quem vê ali é a impressão de quem somos quando estamos acordados?

Nossas ações e gestos, tão pensados, tão calculados, tão milimetricamente estudados para nos dar respaldo de uma segurança austera e fugidia.
A quem podemos pensar que amamos enquanto não sabemos nem ao certo quem somos?

E quando somos, por que a dificuldade de nos compreendermos?
E, se somos, por que não sê em sua totalidade?

O que é saudade senão a impressão de que o mundo girou mais depressa?
O sublime da existência evapora como orvalho, enquanto o sol vai subindo e devagar o dia vai indo, e as chances vão fugindo para o céu encontrar-se com trovões e ventanias de uma espécie de medo solitário em que insistimos acreditar...
 
E quando amamos, parece que toda tempestade diminui e, no entanto, foi apenas o colorido das capas de chuva que tornam as feições mais sadias, tais como as bochechas rosadas das crianças.
 
E quando acreditamos apenas nisso, esta se torna a nossa verdade.
A verdade consiste na maior sinceridade de suas respostas. Um beijo em si.
Seus gestos são caminhos para aquele que existe dentro de você permitir-te ver o arco-íris de flores plantadas nas entrelinhas reais de seus medos e apreensões.
 
 
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