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Publicado: Quinta-feira, 25 de setembro de 2008

Singular.

E depois você espera tanta coisa. Tanta coisa acontece, tanta coisa desacontece.
Sua espera alcança um patamar de super-esperação. Superação.
Seus dias transformam-se todos com a velocidade dos dias que você desconhecia, e no lugar do espanto você coloca apenas uma dose de... de qualquer bebida nutritiva, alguma coisa para talvez repor seu sono depois do fim do livro de ontem a noite.
Fim de livro. Fim de história. Pausa para novos capítulos. Pausa. Nossos capítulos, novo capítulo, no singular eterno da paciência.
Falavam tanto de alegria, queriam tanto a felicidade e a tranqüilidade. Esperavam.
E quem diz que encontrou o que precisava?
E depois você é feliz buscando tantas novas coisas. Você é o dono de uma alegria que estava entrelaçada num pedaço de entrelinha. E você agora sabe o que não sabia.
Cantiga do Tempo.
O que eu preciso escrever é um texto de poucas linhas. É a impressão singular do meu trejeito.
Eu preciso de um singular que se deixe levar pelos ésses, que se perceba dentro de uma onda de pormenores que possam fluir e tirar-me, de verdade, da condição anterior.
Não é o esquema, nem se delineia. Nem direita nem esquerda. Titubeou-se compreender. Quiçá perceba, e a mim pudera. Quisera.
Ainda bem que as estações do ano começam e terminam. Ainda bem que é outono, e que podemos falar sozinhos, e aqui eu escuto e ganho rumo, e faço assim também poder ser, mas quem me cala perde-se dentro de um plural intransitável, vago e absoluto.
 
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