Colunistas

Publicado: Segunda-feira, 3 de março de 2014

Serenidade possível

OIITAVO DOMINGO – TEMPO COMUM

Evangelho (Mateus,  6, 24-38)

Março, 2, 2014 – Ano “A”

..............................................................................................................................

“”   Naquele tempo, disse Jesus a seus discípulos:

“Ninguém pode servir a dois senhores, pois ou odiará a um e Deus e amará o outro. Vós não podeis servir a Deus e ao dinheiro. Por isso eu vos digo, não vos preocupeis com vossa vida, com o que havereis de comer ou de beber; nem com o vosso corpo, com o que havereis de vestir. Afinal, a vida não vale mais do que o alimento, e o corpo, mais do que a roupa. Olhai  os pássaros dos céus: eles não semeiam nem colhem nem ajuntam em  pelo armazéns. No entanto, vosso Pai que está nos céus os alimenta. Vós não valeis mais do que os pássaros?  Quem de vos pode prolongar a duração da própria vida só pelo fato de se preocupar com isso? E porque ficais preocupados com a roupa? Olhai como crescem os lírios do campo; eles não trabalham nem fiam. Porém eu vos digo, nem o rei Salomão, em toda sua glória, jamais se vestiu como um deles. Ora, se Deus veste assim a erva do campo, que hoje existe e amanhã é queimada no forno, não fará ele muito mais por vós, gente de pouca fé? Portanto, não vos preocupeis, dizendo:  O que vamos comer? O que vamos beber? Como vamos nos vestir? Os pagãos é que procuram essas coisas. Vosso Pai,  que está nos céus, sabe de que precisais de -tudo isso. Pelo contrário, buscai em primeiro lugar o reino de Deus e a sua justiça, e todas essas coisas vos serão dadas por acréscimo. Portanto, não vos preocupeis com o dia de amanhã, pois o dia de amanhã terá suas preocupações! Para cada dia bastam seus próprios problemas.   “”

...............................................................................................................

Não obstante ser tão óbvia e explícita a peroração destes onze versículos do capítulo sexto de Mateus,  essa linguagem soa distante e parece ser muda, em confrontação com o que se vive na prática deste mundo de Deus.

Mundo de Deus sim, mas dele desencontrado.

Vive-se, mais do que nunca, o apego ao bem terreno, como se fosse dado ao homem permanecer aqui indefinidamente. Busca-se incessantemente o bem estar, o cuidado com safar-se de todos os perigos e principalmente em usufruir de todos os prazeres e oportunidades.

Viver desapegado e confiante em Deus, com a certeza de que Ele tudo provê, sem se preocupar com o dia de amanhã, sim, será o ideal. Com a ressalva de que o evangelho de hoje também não vai ao ponto de lhe recomendar que simplesmente cruze os braços.

Cumprir com os deveres pessoais, os de família se ali e nesse meio vive e também portar-se como cidadão responsável, perante si mesmo e perante os demais.

O açodamento, a preocupação exagerada, o enganoso conforto que o dinheiro dá, sejam então práticas abominadas.

Em suma,  a todos uma conveniência hoje imprescindível  e inadiável: ler, ler de novo, ler mais uma vez e quantas mais seja preciso, o evangelho de Mateus, ali em cima ou diretamente na Bíblia.

Palavras verdadeiras, insistentes, capazes de trazer serenidade a quem não a possui e manter naqueles que já a alcançaram.

Serenidade.

                                                                                                                                            João Paulo

Comentários