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Publicado: Quinta-feira, 28 de novembro de 2013

Sem esperança


Não há o propósito de se escalonar agora os efeitos do período de exceção no Brasil, mas que, a bem da verdade, foram inglórios na sua maioria e repercutem ainda em seus efeitos danosos.

Entretanto, não dá para esconder que, dentre outros desacertos, é desse tempo a inovação de que o exercício da vereança passasse a ser remunerado. Uma herança notoriamente infeliz.

Justamente pela gratuidade desse múnus público, costumava ser levado a sério pelos eleitos. Havia mais desvelo, responsabilidade e competência.

Cidadãos de relevo e muita responsabilidade, desinteressadamente, propugnavam bem mais pelo bem comum. Homens de peso e responsabilidade, não remunerados.

Entretanto, mesmo assim, que não se vá à ingenuidade de se imaginar somente candura nas administrações de então. A chefia do executivo, não com a voracidade dos tempos modernos, aliciava também vereadores para compor-lhe a situação, bem como engendrava meios de safar-se de apoiadores íntegros, a ponto de não lhe dizerem apenas amém incondicionalmente.

Assim é que alguns vereadores, a um tempo de oposição aberta, já naquela época, - uma minoria - eram atraídos de repente com algumas vantagens.

No entanto, essa comodidade agora comum, franca e notória, constituía apenas casos isolados. Havia em tudo um pouco mais de decoro e alguma reserva.

Certa feita, um grupo afinado e com atuação devotada ao bem e de apoio ao prefeito, foi traído de uma hora para outra, sem alternativa senão a de juntar-se à oposição. Sem malícia, esse pugilo de homens sérios, não se apercebera de que, ao mesmo tempo, vantagens e concessões tinham sido oferecidas a pertencentes à oposição. A esperteza do mandatário mor, ao mesmo tempo em que se desfez daqueles que, embora de apoio a si, não pactuavam com as tentativas dúbias dele, cuidou simultaneamente de oferecer regalos a nomes outrora contrários.

Fora de muita surpresa, aos munícipes afeitos a assistir sessões de Câmara, de uma hora para outra, ver antigos opositores, agora a usar de fala mansa. Habilidoso - ou falso? – o alcaide chamara para si os que o criticavam e se desfez dos inconformados com seus notórios desacertos.

Esses ardis e armadilhas surpreendiam porque, de uma hora para outra, críticos acerbos e ferozes passavam sem compostura a engrossar o coro da situação.

A bem da verdade e da história é que, com reconhecida admiração, sente-se a falta de homens confiáveis, puros de intenção, alguns deles até desprovidos de cultura, mas que traziam em si o tino administrativo, empreendedores de sucesso na vida particular. Sobretudo, fiéis a seus eleitores.

Por isso, sem favor nenhum, há que se realçar como causa de límpida e merecida justiça, a integridade e o nome injustamente esquecido do Dr. Felippe Nagib Chebel. Conciliou o cargo de Prefeito com a sua costumeira e reconhecida atuação de médico humanitário. Integro, já realizado, saiu da vida pública tal como entrara.

Esta digressão talvez cause surpresa a ituanos mais novos, as gerações supervenientes. E dá para compreender. Somente se mais interessados no que fazem os senhores políticos, é que se poderia ter memória de tempos melhores no passado.

Digam os prezados leitores e toda comunidade local, o que de melhor e notável realizaram os edis neste ano de 2013, prestes a findar.

Correu durante a campanha de 2012, não muito vibrante, uma palavra tênue de alguém ou de alguns, de que haveria empenho pela redução de salários... E daí?

Sem esperanças.


Não há o propósito de se escalonar agora os efeitos do período de exceção no Brasil, mas que, a bem da verdade, foram inglórios na sua maioria e repercutem ainda em seus efeitos danosos.

Entretanto, não dá para esconder que, dentre outros desacertos, é desse tempo a inovação de que o exercício da vereança passasse a ser remunerado. Uma herança notoriamente infeliz.

Justamente pela gratuidade desse múnus público, costumava ser levado a sério pelos eleitos. Havia mais desvelo, responsabilidade e competência.

Cidadãos de relevo e muita responsabilidade, desinteressadamente, propugnavam bem mais pelo bem comum. Homens de peso e responsabilidade, não remunerados.

Entretanto, mesmo assim, que não se vá à ingenuidade de se imaginar somente candura nas administrações de então. A chefia do executivo, não com a voracidade dos tempos modernos, aliciava também vereadores para compor-lhe a situação, bem como engendrava meios de safar-se de apoiadores íntegros, a ponto de não lhe dizerem apenas amém incondicionalmente.

Assim é que alguns vereadores, a um tempo de oposição aberta, já naquela época, - uma minoria - eram atraídos de repente com algumas vantagens.

No entanto, essa comodidade agora comum, franca e notória, constituía apenas casos isolados. Havia em tudo um pouco mais de decoro e alguma reserva.

Certa feita, um grupo afinado e com atuação devotada ao bem e de apoio ao prefeito, foi traído de uma hora para outra, sem alternativa senão a de juntar-se à oposição. Sem malícia, esse pugilo de homens sérios, não se apercebera de que, ao mesmo tempo, vantagens e concessões tinham sido oferecidas a pertencentes à oposição. A esperteza do mandatário mor, ao mesmo tempo em que se desfez daqueles que, embora de apoio a si, não pactuavam com as tentativas dúbias dele, cuidou simultaneamente de oferecer regalos a nomes outrora contrários.

Fora de muita surpresa, aos munícipes afeitos a assistir sessões de Câmara, de uma hora para outra, ver antigos opositores, agora a usar de fala mansa. Habilidoso - ou falso? – o alcaide chamara para si os que o criticavam e se desfez dos inconformados com seus notórios desacertos.

Esses ardis e armadilhas surpreendiam porque, de uma hora para outra, críticos acerbos e ferozes passavam sem compostura a engrossar o coro da situação.

A bem da verdade e da história é que, com reconhecida admiração, sente-se a falta de homens confiáveis, puros de intenção, alguns deles até desprovidos de cultura, mas que traziam em si o tino administrativo, empreendedores de sucesso na vida particular. Sobretudo, fiéis a seus eleitores.

Por isso, sem favor nenhum, há que se real&cce

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