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Publicado: Sexta-feira, 21 de setembro de 2012

Seja o último, se quiser ser o primeiro

DOMINGO, 23 de setembro, 2012.

XXV do Tempo Comum.

Evangelho de Marcos (9, 30-37).

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“”    Naquele tempo, Jesus e seus discípulos atravessavam a Galileia. Ele não queria que ninguém soubesse disso, pois estava ensinando a seus discípulos. E dizia-lhes:

“O Filho do homem vai ser entregue nas mãos dos homens, e eles o matarão. Mas, três dias após sua morte, ele ressuscitará”.

Os discípulos, porém, não compreendiam essas palavras e tinham medo de perguntar.

Eles chegaram a Cafarnaum. Estando em casa, Jesus perguntou-lhes:

“O que discutíeis pelo caminho?”

Eles, porém, ficaram calados, pois pelo caminho tinham discutido quem era o maior.

Jesus sentou-se, chamou os doze e lhes disse:

“Se alguém quer ser o primeiro, que seja o último de todos e aquele que serve a todos! “

Em seguida, pegou uma criança, colocou-a no meio deles e, abraçando-a, disse:

“Quem acolher em meu nome uma destas crianças é a mim que estará acolhendo. E quem me acolher está acolhendo não a mim, mas aquele que me enviou”.

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Nos ensinamentos de Jesus aos seus discípulos, não havia somente a intenção de instruí-los, como também a preocupação de fazer a revelação gradativa dos acontecimentos futuros, ininteligíveis àquela época. Ficavam pasmos, estupefatos e tímidos para questionar o Mestre.

Por isso mesmo que na volta, tiveram seus cuidados dirigidos aos interesses deles mesmos pelo caminho, a disputar entre si a primazia junto a Jesus. Quando chegaram Jesus pergunta de propósito sobre o que discutiam e arremata então com uma assertiva inesperada, de que se alguém pretendesse ser o primeiro que se comportasse como se fora o último dentre eles em termos de importância.

Evidente que mesmo com esta explicação, muita coisa não se terá esclarecido perante eles que, talvez, tenham até se entreolhado a ver se no semblante de uns e outros alguma luz esclarecedora pudesse brilhar.

Vem Jesus então, ao trazer para perto de si e abraçar uma criança, a proclamar que quem acolhesse um menor em seu nome, era como se a ele mesmo tivesse dado atenção, além do que, de fato, estaria nesse gesto a acolher o Pai, que o enviara à terra.

Jesus não quer que os adultos sejam ingênuos e ainda destituídos do discernimento, mas que o coração de cada um, este sim, seja puro, límpido e sincero, tal qual o dos pequeninos.

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