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Publicado: Terça-feira, 4 de fevereiro de 2014

Se É Pra Falar de Beijo Entre Homens...

Crédito: Internet Se É Pra Falar de Beijo Entre Homens...
Papa Francisco: beijo abençoado, sem sacanagens.

Causou frisson o “beijo gay” ao final da novela globífera. Nele, a mocinha (?) da trama beija seu amado e tem um final feliz. Mas o beijo entre homens não deve causar estranheza ou preconceito. Conheço muitos que se cumprimentam com um ósculo na face, sejam pais e filhos, entre irmãos ou mesmo nas amizades de longa data.

Na Rússia, o beijo no rosto é um cumprimento normal entre amigos ou colegas. É sinal de fraternidade. Os russos beijam-se também nos lábios quando querem demonstrar gratidão.

No mundo árabe, é comum os homens andarem de mãos dadas em sinal de amizade e também se beijando na bochecha ao se encontrarem e despedirem. Enfim, o beijo é um sinal de carinho, afeto e respeito. Quem vê maldade nisto tem a mente poluída demais.

Mas a questão não é o beijo e sim o que está por trás do tal “beijo gay”. Vale a pergunta: por que é que para amar outro homem eu necessariamente preciso ir para a cama com ele? Por que tem de haver sexo na jogada? Não posso amar o meu irmão, o meu pai, meus amigos, com o amor-ágape (fraterno) em vez do amor-eros (erótico/sexual)?

Na perspectiva cristã, o homossexualismo é condenado por Deus. Não por preconceito, mas por questão de fé. A prática de sexo entre pessoas do mesmo gênero é explicitamente condenada nas Sagradas Escrituras e também na Doutrina (vide Rm 1,20-27 por exemplo). Podem bater o pé. Assim é.

O tal beijo da novela passa a mensagem, para os que não ligam para a fé cristã, que está tudo certo, bonito e autorizado da parte de Deus. Mas não está: homem e mulher Deus os criou, para que no fruto do amor que são os filhos, continuassem colaborando com a obra da Criação. Novamente: não se trata de preconceito, mas de colocar as coisas em seus devidos lugares.

O Papa Francisco já manifestou o que devemos fazer em relação aos homossexuais: acolhê-los, ouvi-los, orientá-los e principalmente lembrá-los que Deus os ama incondicionalmente. Porém, isso não implica a concordância em tudo que fazem. Deus ama a nós, que somos pecadores, mas abomina os nossos pecados, sejam eles quais forem.

Beijo por beijo, prefiro aquele que o próprio Papa Francisco deu, em 6 de novembro de 2013, no italiano Vinicio Riva, que sofre de uma doença que o deixa com o rosto desfigurado por tumores benignos. Na ocasião o Santo Padre o chamou. O homem ajoelhou-se diante dele. Abraçaram-se. O Papa rezou por ele e o beijou carinhosamente. A foto correu o mundo! Quanta emoção!

Se é pra falar de beijo entre homens, prefiro este do Papa Francisco. Um beijo que manifesta carinho. Um beijo que vem de Deus e é abençoado. Sem malícia. Sem sacanagem. Quem dera todos compreendessem a diferença...

Amém.

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